Fórum dos Leitores
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• Desgoverno Bolsonaro Terra arrasada
O governo de Jair Bolsonaro está destruindo tudo à sua volta. Destruiu o sonho anticorrupção de Sergio Moro comendo tanto pelas bordas que lhe tirou o chão e provocou sua demissão. A Lava Jato foi-se em seguida. Tinha indicações de gente qualificada para o Ministério da Educação, mas preferiu alguém que se dedicou a destruir o que encontrou. A pandemia, que já infectou quase 5 milhões de brasileiros e está levando perto de 150 mil, não despertou maior preocupação e ele nomeou um especialista em logística que não lhe desse trabalho. Nossa diplomacia, renomada por sua tradição de qualidade, se tornou admiradora de um mau elemento que foi eleito presidente dos EUA. Dedicou-se com afinco à destruição do meio ambiente, com tanto sucesso que está batendo vários recordes. Finalmente, entusiasmado em sua campanha eleitoral, prepara-se para jogar às urtigas o teto de gastos, adotando o “depois de mim, que venha o dilúvio”.
ALDO BERTOLUCCI
ALDOBERTOLUCCI@GMAIL.COM
SÃO PAULO
Dois senhores
Acerca do artigo Defesa – uma questão de segurança nacional (8/9, A2), entendo que, infelizmente, as Forças Armadas brasileiras, ao permitirem que integrantes do serviço ativo sejam lotados no governo em cargos de livre nomeação não afetos à área militar, causam profunda divisão no cerne da própria atividade militar, pois se permite que esses profissionais sirvam a dois senhores: o jogo político e a Nação. Isso é sempre fatal para qualquer estratégia de defesa da soberania nacional, pois a sociedade não saberá se os seus interlocutores na área militar estão realmente empenhados em defender o País ou mais interessados em cargos, verbas e votos. Tristes trópicos...
FERNANDO T. H. F. MACHADO
FTHFMACHADO@HOTMAIL.COM
SÃO PAULO
• Corrupção Metamorfose
A corrupção governamental continua a todo vapor, em todos os níveis, porém, como acontece com outros fenômenos, ela também está em fase de mudanças operacionais. Porque a corrupção é o controle abusivo do poder e dos recursos do governo visando a tirar proveito pessoal ou partidário, em eleições. Aliás, o mea culpa de FHC no artigo Reeleição e crises (6/9, A2) expõe de forma cristalina essa situação. A corrupção é uma forma particular de exercer influências: ilícitas, ilegais e ilegítimas. Como as que têm sido usadas e abusadas nos últimos tempos, em pleno caos sanitário da covid-19, com milhares de mortes e milhões de contágios, por governantes que se desviam das obrigações do cargo público em benefício pessoal, familiar ou de grupos específicos. E violentando os princípios constitucionais do País em defesa da democracia, ao investirem contra as liberdades individuais e coletivas, contra a liberdade da imprensa e contra a defesa da Amazônia, entre outras aleivosias, com narrativas mentirosas. Aliás, por que os políticos mentem tanto?
Por tudo isso cresce o sentimento de que os políticos não nos representam. Portanto, enganam-se ou são inocentes úteis aqueles que acham que a corrupção acabou no governo.
WALTER AMORAS
WWAMORAS@GMAIL.COM
SÃO PAULO
O roto e o esfarrapado
Bastou a imprensa noticiar que uma serpente caiu de uma cachoeira e picou uma turista que a verdadeira jararaca reapareceu, afirmando que o governo Bolsonaro transformou o coronavírus em arma de destruição em massa e se pondo à disposição do Brasil para sanar os problemas, ignorando que o mensalão e o petrolão foram as maiores tragédias nacionais. É o roto criticando o esfarrapado.
J. A. MULLER
AVARÉ
JOSEALCIDESMULLER@HOTMAIL.COM
Lava Jato
Tudo leva a crer que, com o fim da Operação Lava Jato, ela será sucedida pela Operação Seca Jato, uma forma de sumir com as provas que a anterior juntou.
FRANCISCO JOSÉ SIDOTI
FRANSIDOTI@GMAIL.COM
SÃO PAULO
• O negócio da fé Perdão do bilhão
É muito cinismo do Congresso Nacional propor perdão de dívidas tributárias e multas das igrejas. Claro, vão alegar que quem decide é o presidente Bolsonaro, que depende muito do apoio da bancada evangélica, portanto, apenas recomendaram. Poderiam ter recomendado que esse quase R$ 1 bilhão fosse descontado dos salários de todos os congressistas, ou cortar 20% de todos os comissionados da União.
HEITOR PORTUGAL P. DE ARAUJO
HEITOR.PORTUGAL@UOL.COM.BR
SÃO PAULO
Terrivelmente evangélico
R$ 1 bilhão de perdão fiscal para igrejas? O Brasil tornou-se “terrivelmente evangélico”. Enquanto isso, o Estado laico preconizado na Constituição federal não passa de letra morta.
MARCOS BARBOSA
MICABARBOSA@GMAIL.COM
CASA BRANCA
Mal-afamadas
Qualquer simples contribuinte que caia na malha fina da Receita Federal por míseros trocados não tem perdão e é autuado. Por que isso não valeria para igrejas, algumas até de muito má fama? Essa manobra de deputados membros dessas igrejas é imoral e indecente.
JOSE WILSON GAMBIER COSTA
JWILSONLENCOIS@HOTMAIL.COM
LENÇÓIS PAULISTA
Imposto de Renda
Inadmissível a generosidade do Congresso e de “São Bolsonaro” de perdoar as dívidas tributárias das “lojinhas” que servem para arrecadar em nome de Deus, sem nenhuma prestação de contas. Enquanto isso, nós, trabalhadores, somos assaltados pela tributação em folha do Imposto de Renda, cuja tabela não é corrigida, embora a correção tenha sido promessa de campanha eleitoral desse presidente populista, medíocre e mentiroso. E pensar que acreditei, dando-lhe o meu voto...
LUIZ ANTONIO AMARO DA SILVA
ZULLOAMARO@HOTMAIL.COM
GUARULHOS