‘Não volto mais a trabalhar em banco’
Bancária por 19 anos, Kellen Chagas teve o salário reduzido no início da pandemia com o corte das gratificações. O marido, o personal trainer Fe- lipe Augusto, perdeu alunos e também viu o rendimento des- pencar. Para tentar garantir uma renda extra, decidiram vender risotos e tábuas de queijo, pratos que eles costumavam preparar e sempre eram elogiados por amigos.
“No começo, vendíamos de três a quatro pratos por dia, mas logo passamos para 12 a 15”, conta Kellen. O casal de Goiânia (GO), que prepara os alimentos em casa, abriu a em- presa Adorê Comedoria. Há um mês, Kellen pediu demissão do banco para se dedicar ao negócio e foi convidada por um amigo para outro projeto, de transformar uma distribuidora de bebidas em gastrobar, local que serve bebidas, petiscos e tábua de frios.
“O bar foi inaugurado no dia 6 deste mês e tivemos, inclusi- ve, de dar uma parada no Ado- rê, mas até o fim do ano vamos abrir um local físico para ele também”, informa Kellen, que diz já estar tendo retorno financeiro com os negócios.
“O bar tem bom movimento e até teremos um show ao vivo, tudo muito controlado”, afirma ela, que é formada em Economia e tem 39 anos. “Não volto mais para o banco.”