Maersk quer crescer no País em logística terrestre
Maior empresa de logística integrada do mundo, a dinamarquesa Maersk busca oportunidades de aquisições para ampliar seu portfólio no Brasil. O grupo passa por uma reestruturação no mundo e quer crescer fora de seu negócio principal, o transporte de longas distâncias. Por conta das transformações globais, Julian Thomas assumiu, em setembro, a presidência do grupo em Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Ele havia sido diretor superintendente da Hamburg Süd e Aliança Navegação e Logística, adquiridas pela Maersk em 2017. Segundo Thomas, o grupo está monitorando oportunidades para aquisições de companhias no segmento de transporte terrestre, sobretudo voltadas à estocagem de produtos e com robusto sistema de distribuição.
» Outros mundos. A Maersk está investindo de forma intensa para depender menos de longas distâncias. Ela já atua no mercado “end to end” (de ponta a ponta) e o objetivo é crescer na área em capacidade, armazenagem e sistemas, incluindo-se aí a compra de empresas globais. Nos últimos 12 anos, a Maersk investiu US$ 7,5 bilhões no País.
» Cair e levantar. A pandemia teve efeito duro sobre os negócios da Maersk no Brasil no segundo trimestre, com queda de quase 12% no comércio internacional. Na cabotagem, o tombo foi de 40%. A recuperação, porém, já está acontecendo. Por conta das commodities agrícolas, as exportações deram sustentação ao mercado no pior da crise e agora as importações também estão voltando.
» Sem intermediário. Breda, Piracicabana e Pássaro Marron – junto a outras oito empresas de transporte rodoviário com sócios em comum – lançaram uma plataforma digital para vender passagens, sem as taxas de conveniência. Pela Mobifácil, o passageiro faz o cartão digital para embarcar no ônibus. A ideia é surfar a onda do PIX, que promete catapultar as transações digitais dos cerca de 45 milhões de brasileiros que não usam bancos.
» Perdeu o fôlego. A reabertura das lojas começou a ter impacto negativo no comércio eletrônico em setembro. Mas levantamento feito pela Corebiz, especializada em soluções em marketing digital para varejistas, mostra que o saldo positivo do período de isolamento dificilmente será apagado este ano.
» ... mas mudou de patamar. No setor de casa e construção, por exemplo, as vendas online caíram 0,5% em setembro frente a agosto. Mas em relação a setembro de 2019, o crescimento foi de 97%, para um faturamento de R$ 8,8 bilhões. Em moda, a queda mensal foi também de 0,5% em setembro, mas no anual houve melhora de 77% no faturamento, para R$ 5,8 milhões. Em tecnologia, as vendas online continuaram crescendo em setembro (4%) frente a agosto, enquanto no comparativo anual o aumento de 9% levou o faturamento para R$ 22,6 bilhões.
» Rosie. A pandemia e o grande movimento de renegociação de dívidas por causa da crise aumentaram o uso de robôs de cobrança. Na AeC, que atua nesse mercado, por exemplo, as cobranças digitais cresceram 60% entre janeiro e agosto, em relação a igual intervalo do ano passado.
» Dos Jetsons. Já o número de robôs na operação teve alta de 140%. O maior volume de cobranças aconteceu entre março a junho, em clientes dos setores de varejo e telecomunicações.
» Não me toques. O Banco do Brasil emitiu o recorde de 10 milhões de cartões Visa com tecnologia de pagamento por aproximação. De acordo com a bandeira, o BB é o primeiro banco no País a alcançar a marca.
» Que tenho medo. Nos últimos seis meses, o uso dos cartões Ourocard Visa do BB com a tecnologia cresceu 81%. Motivo: menor contato físico em tempos de pandemia e a possibilidade de uso no transporte público em algumas cidades.
» Funcional. No ano passado, o BB, a Visa e o Metrô do Rio passaram a permitir o pagamento por aproximação nas 41 estações do metrô na cidade. Foi fundamental para o crescimento da tecnologia. A utilização desse tipo de pagamento já foi estendida a outros meios de transporte na região, como trens, barcas e ônibus. Hoje, a modalidade é aceita em 80% dos terminais de pagamento.