O Estado de S. Paulo

Maioria não detalha de onde sairão os recursos

Criação de benefício financeiro une políticos da direita e da esquerda; só em SP, 6 candidatos sugerem a proposta

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Propostas que envolvem transferên­cia de renda foram mapeadas pelo Estadão em programas de governo e entrevista­s de ao menos 30 candidatos de nove capitais. A maioria, no entanto, até agora não detalhou como arranjarão recursos para bancar suas propostas.

Em São Paulo, 6 dos 14 concorrent­es à Prefeitura falam em algum tipo de auxílio. Celso Russomanno (Republican­os) tem usado a promessa para atrair o eleitorado mais pobre e reforçar seu vínculo com o presidente Jair Bolsonaro. Russomanno fala em renegociar a dívida do município com a União.

Há propostas semelhante­s nos programas de Guilherme Boulos (PSOL), Márcio França (PSB) e Jilmar Tatto (PT).

Na semana passada, o prefeito Bruno Covas (PSDB) articulou com o presidente da Câmara Municipal, Eduardo Tuma (PSDB), a votação de um projeto do vereador Eduardo Suplicy (PT) para dar um auxílio de R$ 100 para até 1,7 milhão de pessoas por três meses. Na sabatina do Estadão, quinta-feira, Covas negou se pautar por interesses eleitorais, como disseram concorrent­es, e disse que o município tem dinheiro em caixa.

Criar programas semelhante­s é promessa de Renata Souza (PSOL), candidata no Rio; Goura Nataraj (PDT), em Curitiba; e Hilton Coelho (PSOL), em Salvador. Políticas voltadas a mulheres e mães são citadas por Benedita da Silva (PT), no Rio; Fábio Junior (UP), em Goiânia; e Capitão Wagner (PROS), em Fortaleza. Em Porto Alegre, Fernanda Melchionna (PSOL) diz ser possível dar R$ 600 às mães.

Microempre­sários que fecharam seus negócios ou trabalhado­res que perderam o emprego são o foco de Fernando Francischi­ni (PSL), em Curitiba. João Derly (Republican­os), candidato em Porto Alegre, prevê benefício para famílias com filho na escola e que aceitarem participar de aulas de empreended­orismo.

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