Segurança para cuidados e rotinas de saúde que não podem parar
Treinamento constante e mudanças na estrutura e nos fluxos de atendimento garantem segurança e qualidade no atendimento aos pacientes do Einstein
Desde que as primeiras notícias sobre o novo coronavírus se espalharam pelo mundo, a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein começou a se preparar e a se organizar para garantir o atendimento de excelência, com qualidade e segurança para seus funcionários e pacientes. Agora, com a pandemia sob controle e com a rotina hospitalar voltando à normalidade, os cuidados não são diferentes: o Einstein está totalmente preparado para receber todos os pacientes e cuidar da sua saúde.
Várias medidas foram adotadas para garantir a tranquilidade de quem precisa ir até o hospital por qualquer razão, seja para a realização de uma consulta para fazer exames de rotina, uma cirurgia eletiva ou até mesmo buscar atendimento no pronto-socorro por algum problema de saúde.
CUIDADO REDOBRADO
As entradas agora são em blocos diferentes. Ao chegar ao hospital, a temperatura de todos é verificada por meio de inteligência artificial. Se for constatada febre, o paciente é encaminhado até o fluxo específico para pessoas com sintomas de doenças respiratórias, em uma ala completamente separada e com elevadores exclusivos, tudo sinalizado. Caso não apresente febre, o paciente será direcionado para realizar o seu exame, consulta, cirurgia ou qualquer outro procedimento na ala correspondente.
“Criamos dois hospitais dentro de uma única planta. Tudo é independente e até os profissionais que fazem os atendimentos de pacientes com ou sem sintomas são diferentes”, explicou Sidney Klajner, presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein.
As admissões de pacientes que serão submetidos a cirurgias agora acontecem direto no quarto. Todos são submetidos a um exame de PCR (teste molecular para diagnóstico do coronavírus) na véspera do procedimento e são alocados em uma área específica para aguardar o resultado. Os casos positivos têm a cirurgia adiada.
Segundo Klajner, cerca de 100 pacientes assintomáticos descobriram que estavam com coronavírus por conta desse protocolo. “Com isso, impedimos a realização de uma cirurgia numa pessoa que pode ficar mais debilitada. Dessa forma, o Einstein protege a saúde do paciente e dos profissionais envolvidos.”
SAÚDE NÃO PODE ESPERAR
Para os procedimentos de rotina, houve mudança no fluxo de atendimento, com horários mais espaçados para não haver aglomeração, e até a disposição das cadeiras na sala de espera mudou. A higienização dos ambientes, que antes ocorria uma vez por dia, agora acontece após cada consulta. E os cuidados não se limitam ao espaço físico – os profissionais que atendem pacientes com suspeita de coronavírus não têm contato com os pacientes sem sintomas.
De acordo com Miguel Cendoroglo Neto, superintendente e diretor médico do Einstein, uma pesquisa realizada com os pacientes no início da pandemia apontou que muitos tinham medo de se contaminar com o coronavírus caso fossem ao hospital e, por isso, estavam postergando seus exames e tratamentos. “Observamos que pacientes oncológicos ou com quadros de infarto e AVC, por exemplo, estavam adiando a ida ao hospital pelo medo de se contaminar. Eles acabavam chegando mais tarde ao atendimento, perdendo uma janela importante para garantir o menor risco de sequelas”, afirma.
O Einstein também instalou equipamentos de pressão negativa em todos os quartos destinados a pacientes com coronavírus, impedindo que o ar contaminado de dentro saia para o corredor. Todo o ar do quarto é filtrado antes de ser eliminado. O mesmo aparelho foi instalado em todas as salas cirúrgicas.
Dessa forma, com todos esses cuidados, o Einstein está 100% seguro para receber seus pacientes. Com o retorno gradativo das atividades, 90% do fluxo hospitalar já foi retomado.
“Estamos prontos para atender os problemas de saúde que foram deixados de lado no contexto da pandemia. Inseguro é não cuidar da sua saúde”, diz Cendoroglo
Estamos prontos para atender os problemas de saúde que foram deixados de lado no contexto da pandemia. Inseguro é não cuidar da sua saúde” Miguel Cendoroglo Neto,
superintendente e diretor médico do Einstein