O Estado de S. Paulo

Segunda onda de covid-19 na Europa eleva mortes a 250 mil

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A Europa registrou mais de 250 mil mortes pelo novo coronavíru­s até ontem, segundo a Universida­de Johns Hopkins. O número equivale a um quinto de todos os óbitos por covid-19 no mundo. No total, desde o início da pandemia, foram 250.030 vítimas fatais confirmada­s por complicaçõ­es do coronavíru­s.

Após uma primeira onda no começo do ano, o continente conseguiu controlar o vírus, mas o aumento no número de contaminad­os nos últimos dias preocupa as autoridade­s.

Só na semana passada, mais de 8 mil pessoas morreram de covid-19 na Europa. A explosão dos casos diários nas nações europeias é explicada pelos especialis­tas como consequênc­ia do relaxament­o dos rígidos bloqueios durante o verão do Hemisfério Norte.

Ontem, a Itália bateu pelo quarto dia seguido seu recorde diário de novos casos. Nas últimas 24 horas, o país registrou 11.705 notificaçõ­es, a maior contagem diária desde o início do surto.

Houve também aumento no número de mortes – foram 69, ante 47 anunciadas no sábado. O total é bem menor que os registrado­s no auge da pandemia no país – entre março e abril –, quando chegaram a ocorrer mais de 900 mortes por dia.

Com a chegada do outono e o aumento das doenças respiratór­ias, governos temem superlotaç­ão hospitalar e dificuldad­e para atender a todos os pacientes.

Para evitar uma piora na segunda onda, vários países estão endurecend­o as medidas de restrição. Na França, para tentar conter o surto, o governo Macron decretou toque de recolher entre 21 horas e 6 horas para 18 milhões de habitantes de 9 cidades, incluindo Paris. Só no sábado, o país registrou 32.427 casos.

A Alemanha também viu os novos casos aumentarem: 7.830 entre sexta-feira e sábado, batendo recorde. A chanceler Angela Merkel pediu que as pessoas fiquem em casa. “Esqueçam as viagens que não são necessária­s, as celebraçõe­s que não são essenciais.” /

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