Escolas criam programas dentro de empresas
Escolas particulares de São Paulo têm investido em programas de estágios temporários de até uma semana de duração. Esse é o foco da empresa Guide-u, por exemplo, que começa a expandir a abrangência após três anos de experiência em parceria com o St. Francis College.
“Não queremos convencer alguém a estudar alguma coisa, queremos que vivam essa profissão, vejam como é a vida desse profissional”, explica Verónica Blanco, uma das sócias-fundadoras. Também sócia-fundadora, Vivian Bradshaw descreve a experiência como um testdrive, em que é possível perceber possibilidade de ascensão, momentos de lazer, necessidade de viajar etc. Antes do breve estágio, os estudantes são preparados em um workshop sobre dress code, horários de trabalho, políticas de privacidade e outros elementos de uma rotina profissional.
Verónica Blanco
Um dos primeiros participantes, Diego Rocha, de 20 anos, filho de uma das sócias, estagiou na área de marketing da Unilever. “Achei bem dinâmico porque não ficou só na reunião, no workshop, teve um dia que a gente (ele e outro colega) saiu da empresa com os funcionários”, comenta.
Também filha de uma das sócias, Martina Devoto, de 19 anos, fez o estágio na Camil. “Uma das coisas que mais gostei é que me deixaram assistir à montagem de uma campanha de produto que seria lançada online.”
Reflexão. Um programa semelhante é realizado também pelo Colégio Humboldt, em São Paulo, com o nome Projeto Trabalho e duração de cinco dias. Coordenadora do ensino médio na instituição, Talita Marcília descreve a experiência como um “estágio reflexivo”. A aluna Melanie Korber Silva, de 17 anos, por exemplo, participou do projeto na rádio do pai. “Foi uma forma de conhecer esse mundo corporativo.”
“É uma primeira visão da ‘adultez’.
A ideia não é que a experiência seja só linda, mas que seja real.”