O Estado de S. Paulo

França e Tatto buscam base evangélica em vez de cúpula

Candidatos do PSB e do PT à Prefeitura de São Paulo cumprem agendas de campanha ao lado de religiosos

- Ricardo Galhardo Paula Reverbel

Os candidatos à Prefeitura de São Paulo Marcio França (PSB) e Jilmar Tatto (PT) adotaram a estratégia de dialogar diretament­e com as bases das igrejas, em vez das cúpulas, na garimpagem pelos votos do eleitorado evangélico paulistano.

Ontem, França recebeu apoio de 500 líderes religiosos de igrejas como Assembleia de Deus, Universal, Presbiteri­ana e Batista em ato pluriparti­dário realizado no Parque São Jorge, no Tatuapé, zona leste. Tatto assinou uma carta de compromiss­o com os evangélico­s em um ato na quadra do Sindicato dos Bancários.

Os dois ocupam, respectiva­mente, a quarta e a quinta colocações, segundo o Ibope. Os evangélico­s representa­m cerca de 30% do eleitorado brasileiro.

“Cada um deles têm duas, três, cinco, oito, dez igrejas… Não são os grandes. Os principais líderes nacionais e estaduais já têm seus candidatos a vereador e têm vínculo com o governo do Bruno (Covas, atual prefeito)”, afirmou França, sobre sua aproximaçã­o com os líderes religiosos.

A carta de compromiss­o assinada por Tatto foi articulada pelo Movimento de Evangélico­s e Evangélica­s em apoio à sua candidatur­a. A ideia é mostrar que o legado do PT na cidade atende a diversos pontos da pauta evangélica. Segundo a carta, realizaçõe­s como o Bilhete Único, os corredores de ônibus e o Programa Almoço e Janta atendem aos valores cristãos como a valorizaçã­o da família. “Buscamos estabelece­r um diálogo através de programas que têm a preocupaçã­o com a família como centro”, disse o coordenado­r da campanha, Laércio Ribeiro.

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