Contra a China, EUA se oferecem para financiar 5G no Brasil
Na nova ‘guerra fria’, objetivo americano é tentar barrar o avanço da Huawei
Autoridades dos EUA propuseram ao governo brasileiro o financiamento de “qualquer investimento” no setor de telecomunicações do País. A proposta é uma tentativa de barrar a presença da chinesa Huawei no 5G. O governo ainda ouviu pedido para que selecione grupos de outras nacionalidades na instalação da infraestrutura da tecnologia mais avançada do mundo em comunicações e internet. Por trás da “guerra fria” entre os EUA e a China está a liderança da tecnologia 5G e de todo o desenvolvimento econômico que essa posição pode gerar. A Huawei é hoje a principal fornecedora de equipamentos centrais para essa tecnologia, à frente da sueca Ericsson e da finlandesa Nokia. Os EUA não têm mais um grande fabricante no setor. A China, por meio de sua embaixada no País, reagiu à investida dos EUA. A decisão sobre a participação da Huawei no leilão 5G no Brasil deve ficar para 2021. O presidente Jair Bolsonaro disse que deseja comparecer à posse de Donald Trump como presidente reeleito.
• A China reagiu no mesmo tom à ofensiva da missão americana que tenta fazer o Brasil desistir de contratar a chinesa Huawei para as redes de 5G no País. “Esses políticos americanos, no seu número pequeno, consideram abertamente 'mentir, trapacear, roubar ' como a 'glória' dos Estados Unidos, e se tornaram em criadores de problemas que ferem a ordem internacional e ameaçam as regras internacionais. Ao ignorar os fatos básicos e produzir comentários baseados na mentalidade de guerra fria e jogo de soma zero, eles têm como objetivo real servir a certos interesses políticos”, disparou, em nota, pelas redes sociais, a Embaixada da China no Brasil.
No recado contrapõe a oferta americana dizendo que a China tem ajudado o Brasil no combate ao coronavírus, ao contrário dos Estados Unidos, que, segundo eles, “retiveram materiais médicos urgentes, inclusive respiradores”.