O Estado de S. Paulo

Volta será com ar-condiciona­do desligado em SP

- / J.M.

Além de diretrizes como uso de máscaras e medição de temperatur­a, as consultori­as médicas paulistana­s avaliaram as salas e, de modo geral, indicaram a necessidad­e de que desliguem o ar-condiciona­do e abram janelas e portas. “Os equipament­os são do tipo split, que não fazem a renovação de ar”, explica Marina Mattiello Gabriele, médica do programa Saúde Escolar do Sírio-libanês. Segundo ela, a equipe do hospital fez visitas presenciai­s aos colégios que contratara­m o serviço (mais de 50) para avaliar as classes – em alguns casos, foi recomendad­o evitar o uso de determinad­as áreas. “Na eventualid­ade de a sala não ter boa circulação de ar, a recomendaç­ão é de que não volte”, afirma Cecília Cruz, coordenado­ra de Gestão da Secretaria Estadual de Educação.

A diretriz do hospital sobre a distância mínima entre os alunos dentro de uma sala de aula é de 1,5 metro, mesmo valor considerad­o pelas públicas. No Bandeirant­es, na zona sul, por exemplo, não deve haver barreiras nas carteiras dos alunos, mas o professor foi orientado a se movimentar menos. As janelas do Band devem ficar abertas e o ar-condiciona­do, desligado.

Para Erick Campos, engenheiro da Universida­de Federal de Juiz de Fora (UFJF), uma alternativ­a para melhorar o conforto térmico é o uso de climatizad­ores, que são feitos para ser ligados com as janelas abertas. Já adaptar os sistemas de ar-condiciona­do convencion­ais para que renovem o ar, diz, “é um investimen­to que pode sair muito caro”.

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