O Estado de S. Paulo

PERGUNTAS & RESPOSTAS

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1. O que é o 5G?

A tecnologia 5G é a quinta geração das redes de comunicaçã­o móveis. Ela promete velocidade até 20 vezes superior ao 4G, permitindo um consumo maior de vídeos, jogos e ambientes em realidade virtual. Além disso, promete reduzir para menos da metade a latência, tempo entre dar um comando em um site ou app e a sua execução – dos atuais 10 milissegun­dos para 4 ms. Em algumas situações, a latência poderá ser de 1 ms, importante para o desenvolvi­mento de carros autônomos e cirurgias feitas a distância com o auxílio de robôs.

2. Já há 5G no Brasil?

Não. Em algumas capitais, as operadoras oferecem sinal de velocidade dez vezes maior que o 4G, mas a partir de frequência­s do próprio 4G. Esse serviço, portanto, não é o 5G, que promete ser ainda mais rápido e estável.

3. Quando será o leilão do 5G?

No Brasil, as frequência­s de 5G estão previstas para serem leiloadas em 2021. As faixas são como “rodovias” no ar por onde trafegam os sinais. Para o 5G, a faixa de 3.5 GHZ será a principal.

4. Quais empresas podem disputar o 5G?

Apenas empresas de telefonia. Além das empresas de grande porte, como Claro, Vivo, TIM, Oi e Algar, também podem participar do leilão pequenos provedores em todo o País.

5. Empresas chinesas podem participar do leilão?

Não há empresas chinesas de telefonia atuando no Brasil. A chinesa Huawei oferece equipament­os centrais de rede. A escolha dos fornecedor­es de equipament­os é das próprias operadoras – todas elas já utilizam equipament­os da empresa chinesa.

6. O que motiva a disputa entre China e EUA pelo 5G?

O pioneirism­o dos EUA no 4G está associado ao sucesso do Vale do Silício e ao surgimento de empresas como Facebook, Netflix e Alphabet, dona do Google. As big techs são hoje as companhias mais valiosas do mundo. A Huawei é hoje a principal fornecedor­a de equipament­os centrais para o 5G. O aumento da relevância chinesa no setor pode ser vista nos aplicativo­s que se tornaram uma febre mundial, como o Tiktok e o Wechat, que já ameaçam a liderança das empresas americanas.

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