O Estado de S. Paulo

PROJETO TAROK FINALMENTE PODE SAIR DA GAVETA

Picape da Volkswagen desenvolvi­da no Brasil, feita sobre a mesma base do Taos, concorre com a Fiat Toro

- Diogo de Oliveira / ESPECIAL PARA O JORNAL DO CARRO

A Volkswagen produzirá mais veículos sobre a plataforma MQB na Argentina. A confirmaçã­o foi feita na semana passada pelo CEO da montadora na América Latina, o argentino Pablo Di Si. Durante a apresentaç­ão do inédito SUV Taos pela internet, o executivo afirmou que a arquitetur­a modular permitirá a produção de novos produtos na fábrica de General Pacheco. E o nome da picape Tarok ressurgiu.

“O Taos faz parte de um importante investimen­to da Volkswagen na região, e principalm­ente na Argentina. Investimos US$ 650 milhões (cerca de R$ 3,6 bilhões) para modernizar os equipament­os e a estrutura da fábrica, com a implantaçã­o da plataforma MQB. Essa tecnologia nos permitirá produzir novos modelos da mais alta qualidade e conectivid­ade no futuro”, antecipou Di Si.

Apresentad­a como conceito no Salão do Automóvel de São Paulo de 2018, a Tarok foi um dos destaques daquela edição. O projeto foi desenvolvi­do no Brasil, mas acabou “congelado” no início da pandemia.

Feita em monobloco, a Tarok tem porte similar ao da Fiat Toro. A picape da Fiat chegou logo depois da Renault Duster Oroch, que inaugurou o segmento. Só que o modelo da marca francesa nunca decolou nas vendas. Já o da italiana, feito ao lado dos Jeep Renegade e Compass, em Pernambuco, tornou-se um enorme sucesso em vendas.

Como 2021 será dedicado ao lançamento e produção do Taos, 2022 deve ser o ano em que a montadora começará a fabricar o segundo veículo sobre a plataforma MQB-A em General Pacheco. A arquitetur­a é uma das mais utilizadas atualmente no portfólio do grupo Volkswagen. Serve do Golf ao cupê Audi TT. E o chassi maior que o MQB-A0, de Polo e Tcross, ficará na medida certa para a Tarok.

Embora o projeto da inédita picape média-compacta ainda não esteja oficialmen­te confirmado, ele nasceu sob a liderança de Pablo Di Si, o que pode fazer a diferença na decisão final. Além disso, o segmento de picapes conta atualmente com números positivos e promissore­s. A picape ficará posicionad­a entre a Saveiro e a Amarok.

‘Indomada’. A Amarok V6 chegará ao Brasil com motor mais potente, finalmente. O lançamento virtual da nova versão, definida pela fabricante como “a mais indomada das picapes”, está marcado para o dia 29, quinta-feira que vem. Na Argentina, onde é produzida, a versão chama-se Black Style.

O principal destaque do modelo é o motor 3.0 turbodiese­l com seis cilindros em V. Nele, a potência foi ampliada em 33 cv. Foi de 225 para 258 cv. O torque aumentou de 56,1 para 59,1 mkgf. A transmissã­o continua automática de oito marchas, e a tração é integral.

Na estética, como sugere a denominaçã­o da versão, detalhes em tom negro estão em toda a picape. É o caso, por exemplo, da grade dianteira e das rodas de 20 polegadas, que receberam acabamento brilhante. O mesmo tom reveste peças como capa dos retrovisor­es, estribos laterais e para-choques (o traseiro é cromado nas demais configuraç­ões). Assim como no modelo Extreme, o santantôni­o é item de série.

A nova opção dever ficar mais cara que a Extreme V6, atual versão de topo da linha no Brasil. O preço sugerido da configuraç­ão parte de R$ 241 mil. Ou seja, a novata não deve custar muito menos que R$ 250 mil.

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PAULO WHITAKER/REUTERS Sucesso. Modelo chamou atenção no Salão de São Paulo

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