Direita busca prumo sem ‘bigorna’ Bolsonaro
Integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) e do PSL se reuniram na Assembleia-sp para um balanço das eleições e em busca de convergência fora do “bolsonarismo”. De cara, um consenso: Jair Bolsonaro se transformou em uma bigorna que impede novos voos da direita no País. Claro, a pergunta inevitável surgiu: se não vamos de Bolsonaro, vamos com quem, então? Os nomes citados preliminarmente foram os de Sérgio Moro, que tem ciscado para fora do terreiro da direita, e da deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP). O consenso ainda está longe.
» Mercado futuro. Os projetos também envolvem uma candidatura de direita ao Bandeirantes: Arthur do Val ou Major Olímpio.
» Quórum importante. Participaram do encontro Joice Hasselmann (PSL), do Val (Patriota), Júnior Bozzella (PSL) e Renan Santos (MBL). O senador Major Olímpio (PSL) não foi por causa de um contratempo.
» Calma... A reunião foi amistosa, mas inconclusiva. O surgimento dos nomes deu uma embolada na pauta, afinal, ainda é cedo para definições de candidaturas.
» ...gente. “Não sei nem se estarei viva (em 2022). Não está nos meus planos. Acredito na necessidade de unir a direita, mas, não necessariamente, de definir papéis. Eles têm dificuldade em entender que a política não é binária. Não olho as pessoas envolvidas nas discussões, apenas os temas”, disse Janaína à Coluna.
» Rebranding. “O bolsonarismo virou uma âncora, está muito desgastado. Estamos planejando agora os próximos passos, temos de nos reinventar. A gente quer criar um movimento alternativo”, disse Bozzella.
» No... Velhos caciques da política nordestina preparavam a aposentadoria após a vitória de Bolsonaro em 2018, mas o cenário eleitoral atual está motivando uma mudança de planos.
» ...aquecimento. Na Paraíba, José Maranhão (MDB), com 86 anos, pensa em concorrer ao governo. Cássio Cunha Lima (PSDB) sonha com a volta ao Senado. Ambos apostam todas as fichas na candidatura de Nilvan Freire (MDB) a prefeito de João Pessoa contra Cícero Lucena, candidato do PP.
» Meio cheio... Mesmo não sendo candidata a nada, Marta Suplicy ocupou espaço importante na eleição deste ano. Entre os tucanos, a avaliação é de que ela sai maior da disputa porque ajudou Bruno Covas a manter o prumo da campanha no centro e foi leal do começo ao fim ao prefeito.
» ...meio vazio. Nos grupos de esquerda e de centro-esquerda, porém, a visão é outra. Para eles, Marta sai menor da eleição por não ter acreditado no potencial da candidatura de Guilherme Boulos. Ela teria se precipitado ao apoiar Covas. » Após enchente em São Carlos, Junior Bozzella (PSL-SP) (à dir.) e o prefeito Airton Garcia conseguiram com João Doria R$ 11 milhões para o município.
» Tudo igual. Bruno Covas repetirá amanhã o mesmo ritual de votação do primeiro turno: acompanhará Marta, João Doria e Fernando Henrique Cardoso. No partido, o clima era de “reconstrução” do PSDB após o furacão Bolsonaro e os impactos da Lava Jato.
» Máxima vênia. Guilherme Boulos recebeu apoios (e doações) de peso na tradicional advocacia paulista, entre eles, Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, Cezar Britto, Otávio Pinto e Silva, Ana Amélia Camargo Mascarenhas e Fábio Tofic.
COM MARIANA HAUBERT E MARIANNA HOLANDA. COLABOROU PEDRO VENCESLAU.