Da saúde ao lixo, dez desafios da capital
O Estadão consultou analistas em diferentes áreas para apontar soluções em temas prioritários da cidade
Alista de desafios urgentes a ser enfrentada pela futura gestão municipal é tão ampla e diversa que impede a elaboração de um ranking de prioridades, em qualquer que seja a área. Mas a baixa resolutividade faz com que alguns desses problemas sejam tão conhecidos que dificilmente não vão compor o futuro Plano de Metas do prefeito que será eleito hoje.
Gestão após gestão, temas como melhora da qualidade do ensino, déficit habitacional ou de médicos na rede de saúde, alto número de acidentes e mortes no trânsito, combate às desigualdades e cuidado mais atento ao meio ambiente, seja na reciclagem do lixo ou na limpeza dos rios, seguem estagnados, com pouca ou nenhuma melhora.
Se a fila da creche – debatida tão exaustivamente nas últimas campanhas – deixou de ser foco na educação, devido ao aumento constante na oferta de vagas pelas últimas gestões, a qualidade da aprendizagem no ensino fundamental é o objetivo agora a se perseguir. Para o diretor-executivo do Todos pela Educação, Olavo Nogueira Filho, apesar do avanço no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), as notas obtidas pela rede municipal estão muito aquém das esperadas para São Paulo.
“Para termos uma ideia, um terço dos alunos terminam o ensino fundamental 1 (1º ao 5º ano) sem alcançar a aprendizagem adequada. Eles não estão totalmente alfabetizados nem sabem as operações básicas de matemática. Isso se acentua no ensino fundamental 2 (6º ao 9º ano), que tem as piores notas. É esse ciclo que deve ser priorizado”, afirmou Nogueira.
Além do movimento, o Estadão consultou outros grupos igualmente especializados para debater as necessidades de mais nove ações essenciais para que São Paulo se torne uma cidade melhor ao longo dos próximos quatro anos – da sobrecarregada rede de saúde a temas sustentáveis. Confira: