O Estado de S. Paulo

MARADONA BRASILEIRO LAMENTA POR DIEGO

Batizado em homenagem ao argentino e irmão de Rivellino e Platini, ele também foi jogador de futebol

- Raul Vitor

Meio-campo, baixinho e canhoto. Este é Diego Maradona Petriaggi, brasileiro, de 32 anos, que compartilh­a o nome e sobrenome de um dos maiores jogadores de futebol da história. Foi em casa, na Coreia do Sul, país onde vive há cerca de três anos, que ele recebeu a triste notícia da morte do argentino.

“Como de costume, assim que acordei, peguei o telefone. Infelizmen­te, dentre as minhas notificaçõ­es estava a notícia da morte do Diego Maradona. Não conseguia acreditar”, contou Diego ao Estadão, por telefone. “Fiquei muito triste. Esperava um dia poder conhecê-lo.”

Para o brasileiro, que contemplou com deslumbre a carreira de seu xará, a morte de Maradona é uma perda irreparáve­l para o futebol. “Sempre o admirei como jogador. Tenho um DVD dele. Assisti a vários vídeos de suas partidas memoráveis. Foi um atleta sensaciona­l, muito inspirador para todos”, disse.

Diego nasceu dois anos após Maradona vencer a Copa do Mundo de 1986. Mas esse detalhe não foi decisivo para a escolha de seu pai. Antes mesmo de ele se casar com sua mãe, já sabia como chamariam seus filhos: Roberto Rivellino, Michel Platini e Diego Maradona. Foi a única coisa que pediu à mulher, que não se opôs. “Por onde passo, meu nome chama atenção. Foi assim na escola, no clube, no aeroporto, em todos os lugares. As pessoas, a princípio, não acreditam, pensam que é apenas um apelido, que não se passa de uma brincadeir­a. Muitas vezes tive de mostrar minha identidade”, diz o brasileiro.

Ele e seus irmãos tornaramse jogadores profission­ais, mas não tiveram sucesso. Hoje, Diego Maradona trabalha em uma escolinha de futebol sul-coreana. Não joga mais. Ele é treinador da equipe sub-10 e auxiliar do sub-12 do Cannon FC, time amador da cidade de Daegu, sediado na região sudeste do país.

Rivellino jogou na base do São Paulo, Udinese e Brescia, da Itália. Hoje, é proprietár­io de uma empresa de transporte executivo, em Belo Horizonte (MG), a Petriaggi Transporte­s.

Platini tornou-se personal trainer e instrutor de academia. Ficou na Europa e trabalha hoje em Tamaro, na Suíça. “Nossa vida mudou bastante depois da ida para Europa. Foi uma experiênci­a sensaciona­l”, revela o Maradona brasileiro.

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STUART TREE/ CORINTHIAN CASUALS Homenagem. Com a bola, Diego Maradona Petriaggi

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