Contra o ex-time, Rony brilha
Brasileirão. Atacante marca duas vezes, mas não comemora gols diante do Athletico-PR; vitória põe Palmeiras na cola dos líderes
Em jogo afetado diretamente pela covid-19, o Palmeiras dominou o desfalcado Athletico-PR e venceu por 3 a 0, ontem, no Allianz Parque, pela 23ª rodada do Brasileirão. O técnico Paulo Autuori foi contrário à realização do jogo. Rony, vindo do rival paranaense, marcou duas vezes e foi o destaque na reabilitação do time, que vinha de inesperada derrota para o lanterna Goiás, na rodada passada. “Feliz pelos gols, mas respeito total ao Athletico”, disse o atacante.
Contando com boas atuações de Lucas Lima e Gustavo Scarpa, o Palmeiras chegou aos 37 pontos e voltou a se aproximar dos primeiros colocados. O Athletico, em momento difícil no ano, ocupa a zona intermediária da tabela, com 28.
Em casa, o Palmeiras jogou reforçado por atletas antes afastados por covid, como Luan, Viña, Scarpa e Veron. Porém, momentos antes da partida, a comissão técnica anunciou duas baixas pelo novo coronavírus: Marcos Rocha e Renan.
Assim, Abel Ferreira escalou Gabriel Menino em sua posição de origem, na lateral-direita, no lugar de Marcos Rocha.
O Athletico também jogou com formação desfigurada, com reservas e até atletas da base no banco. Autuori chegou a tentar relacionar o goleiro Mycael, de apenas 16 anos. O desequilíbrio entre reforços e baixas ficou evidente ao longo dos 90 minutos. Mais sólido, o Palmeiras não encontrou dificuldades para se impor. Aos 7, abria o placar em bela jogada do seu meiocampo, com Scarpa e Lucas Lima até a conclusão de Patrick.
Mais solto e com espaço, o Palmeiras criou chances para ampliar. Aos 24, Scarpa encheu o pé quase na pequena área e carimbou a trave. Aos 32, Patrick levar perigo, de cabeça. Dois minutos depois, o maior volume fez diferença no placar.
Um inesperado levantamento na área, após dividida entre Gabriel Menino e o goleiro Bento, sobrou para Rony só empurrar para o gol, quase em cima da linha, desajeitado. Sem perder o ritmo, o Palmeiras continuou criando e perdendo chances.
O Palmeiras jogava bem, dominava, mas não impunha pressão. O Athletico não viu a cor da bola. O desnível técnico era evidente. O cenário não mudou no segundo tempo. O terceiro do Palmeiras também foi de Rony, que não comemorou.