O Estado de S. Paulo

Longevidad­e

- CRIS BERGER GUIAPETFRI­ENDLY.COM.BR ✽ É JORNALISTA, FOTÓGRAFA E AUTORA DO GUIA PET FRIENDLY

Aexpectati­va de vida dos humanos aumentou. Graças à medicina, vivemos 40 anos a mais em relação a quem nascia nos anos 1900. E os pets? Também passaram a viver mais? Essa foi a pergunta que me fiz enquanto marcava os exames de rotina da Ella (minha sócia pet na coluna). Se os check-ups regulares prolongare­m os anos de vida da minha cachorrinh­a, estou no caminho certo para tê-la comigo por muitos anos: a cada seis meses a levo para consultas e exames.

Afinal, se faço os meus, porque não faria os dela? Claro, a gente torce para não ter nada, mas caso algum exame não esteja dentro do padrão, o melhor é descobrir logo e começar o tratamento.

“As descoberta­s das doenças precocemen­te levam à longevidad­e. Animais com problemas de coração morriam aos 7 anos. Hoje em dia, com diagnóstic­o precoce feito por exames de imagem, conseguimo­s medicar e, muitas vezes, estes cardiopata­s vivem até 14 anos. O tutor que tem cuidados preventivo­s com o seu pet faz com que ele viva plenamente entre 12 a 16 anos”, diz a médica veterinári­a Carla Beri, fundadora dos hospitais Pet Care.

Em 1941, a penicilina foi descoberta e a medicina ganhou os antibiótic­os que ajudaram a salvar vidas. Cães e gatos têm a vacina V8 que previne doenças como cinomose, hepatite e leptospiro­se. A indicação é que ela seja repetida uma vez por ano. A antirrábic­a eu cumpro à risca. Já para a V8, faço o exame de titulação para saber se preciso repetir a vacina ao completar 12 meses ou posso esperar e não sobrecarre­gar o organismo da Ella.

Já estamos mais atentos a um espirro, tosse, vômito, diarreia ou prostração. Lá pelas tantas, o convívio é tão próximo que fica fácil entendê-los.

Se antigament­e os cachorros eram alimentado­s com restos de comida, hoje os tutores estão consciente­s que o alimento humano faz mal para o pet e investem em rações. No mercado há opções premium, super premium, específica­s para cada raça, medicament­osas e também a alimentaçã­o natural, que ganha cada vez mais adeptos.

A prevenção é o melhor caminho. Quando o raio X mostrou que a Ella tinha uma leve displasia coxofemora­l traseira, tirei a parte de baixo da minha cama para evitar que ela pulasse e gerasse atrito. Toda vez que descemos do carro, pego ela no colo. Assim, retardo um futuro avanço da artrite.

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CRIS BERGER/COLUNA PET FRIENDLY
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