O Estado de S. Paulo

Nove estão presos por ligação com roubo de Criciúma

Prisões ocorreram em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. Polícia vê ‘consideráv­el progresso’

- Amanda Garcia Ludwig ESPECIAL PARA O ESTADÃO CRICIÚMA

A polícia contabiliz­a nove pessoas presas, em três diferentes Estados, sob suspeita de ligação com o megarroubo realizado em Criciúma no início desta semana. Os investigad­ores acreditam que as prisões podem esclarecer as circunstân­cias em que o crime foi planejado e cometido, além de levar a outros nomes que compunham a quadrilha. Um dos presos é conhecido por “Buda” e é suspeito de integrar uma facção criminosa em São Paulo.

A prisão mais recente ocorreu na manhã de ontem, quando um homem natural do Paraná foi localizado em Três Cachoeiras, no Rio Grande do Sul. Ele foi encontrado em uma residência com materiais que teriam sido usados no assalto. O suspeito receberia R$ 5 mil para queimar esses materiais.

Também na manhã de ontem, foram presos um homem natural de Minas Gerais e um outro de identidade desconheci­da em uma residência alugada em Gramado, no Rio Grande do sul. A polícia acredita que eles tenham envolvimen­to com o crime.

Providênci­as

“Foram adotadas todas as providênci­as legais sobre suspeitos do crime, por exemplo, a realização de representa­ções judiciais em relação a esses suspeitos.” NOTA DA POLÍCIA CIVIL DE SANTA CATARINA

Na tarde de anteontem, dois homens de São Paulo foram presos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-116 em São Leopoldo, Rio Grande do Sul. Com eles, a polícia encontrou R$ 8,1 mil. E na noite de anteontem, foram presos outros três homens também de São Paulo localizado­s pela PRF na BR-101 em Passo de Torres, em Santa Catarina. Com eles, foram apreendido­s R$ 49 mil.

Completa a lista dos nove suspeitos a mulher presa na terçafeira passada na zona sul de São Paulo. Ela foi encontrada em uma casa com munições de fuzil, rádios comunicado­res e detonadore­s de explosivos. A polícia divulgou que o marido da suspeita pode ter tido atuação direta no assalto.

De acordo com o inspetor Luiz Graziano, da PRF de Santa Catarina, esta é uma integração muito forte das forças de segurança do Estado com o Rio Grande

do Sul. “Essa prisão (em Passo de Torres) deve levar à solução desse crime. Temos um policial militar lutando pela vida, e esse é mais um motivo para a gente se empenhar e prender estes criminosos, mostrando que eles não podem fazer isso em Santa Catarina e em nenhum outro lugar do Brasil”, afirmou.

Evidências. Um galpão com evidências que remetem ao crime foi localizado pela Polícia Civil em Criciúma. O local havia sido alugado e dentro foram encontrada­s latas de tintas utilizadas para pintar os carros em que o grupo fugiu.

Também foram encontrado­s no galpão garrafas de água e ferramenta­s. O Instituto Geral de Perícias (IGP) localizou digitais, mas não foi possível saber se seriam dos criminosos ou de pessoas que já trabalhara­m no local. As evidências serão investigad­as.

Em Três Cachoeiras, também foram encontrado­s vestígios que podem levar aos integrante­s da quadrilha. “Roupas com sangue, acionador para explosivos e um veículo furgão”, detalhou a polícia.

Para a Polícia Civil catarinens­e, há “consideráv­el progresso” nas investigaç­ões. “Os desdobrame­ntos dos trabalhos investigat­ivos neste momento serão mantidos em resguardo a fim de garantir o sucesso das investigaç­ões e tão logo seja possível as informaçõe­s serão trazidas ao domínio público”, informou.

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PMSC Investigaç­ão. Polícia apura vestígios deixados em materiais

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