O Estado de S. Paulo

Trocafone, de celulares usados, capta US$ 30 mi

- Bruno Capelas

A startup brasileira Trocafone, que compra e vende smartphone­s usados, anuncia hoje que levantou um aporte de US$ 30 milhões liderado pelos fundos Bann Investimen­tos e Bulb Capital. A Wayra, empresa de inovação da Vivo, também participou da rodada. Com os recursos, a empresa vai expandir operações e sua oferta de serviços.

Fundada em 2014, a Trocafone atua em duas frentes. No lado da compra, faz parceria com fabricante­s, varejistas e operadoras para comprar aparelhos entregues pelos usuários em troca de descontos na compra de um celular novo – entre os parceiros, há marcas como Via Varejo, Magalu e Samsung. Após receber os smartphone­s, a empresa faz uma checagem de funcionali­dade e os coloca para revenda em seu site oficial e em lojas físicas. Desde o início da operação, a startup já vendeu 1,4 milhão de celulares usados.

Durante a pandemia, a empresa disse ter visto alta na procura por celulares usados. “Foi praticamen­te o dobro do ano passado”, afirma Freire, em entrevista exclusiva ao Estadão. Segundo ele, os aparelhos mais procurados estão na faixa de R$ 1 mil, com até dois anos de lançamento. “Temos aparelhos que vão de R$ 400 até R$ 3 mil, mas nem todo mundo pode pagar R$ 1 mil num celular.”

Com os recursos do aporte, a empresa pretende expandir seu time – hoje, tem 400 funcionári­os divididos entre São Paulo e Buenos Aires, com planos de crescer 50% ao longo de 2021.

Os valores também serão usados para apostar em três serviços. Um deles é o reparo express, que permite a troca de tela ou conserto de algum componente em algumas horas, seja nas lojas físicas da empresa ou a domicílio. Outro é um seguro para celulares usados – algo pouco visto no mercado brasileiro, mas que está alinhado com a proposta da empresa. Além disso, a Trocafone pretende apoiar o leasing de celulares, que começa a ganhar força no País.

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