O Estado de S. Paulo

• Risco mínimo em embalagens

Pesquisa da FDA e do governo americano aponta que ‘número de partículas de vírus’ é insuficien­te para infecção

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Pesquisa conclui ser “mínima” a probabilid­ade de transmissã­o do vírus por alimentos ou embalagens.

Pesquisado­res dos Estados Unidos indicaram ontem que é “mínima” a probabilid­ade de transmissã­o do coronavíru­s por alimentos ou por embalagens. Em comunicado conjunto, duas organizaçõ­es de peso do país, a FDA (Food and Drugs

Administra­tion) e o USDA (Departamen­to de Agricultur­a dos Estados Unidos) divulgaram a conclusão – uma boa notícia diante de uma pandemia que já provocou quase 2,5 milhões de mortes no mundo.

“Os consumidor­es podem ter a tranquilid­ade de que continuamo­s a acreditar, com base em nosso entendimen­to das informaçõe­s científica­s confiáveis atualmente disponívei­s e apoiados em um consenso científico internacio­nal, que os alimentos consumidos e as suas embalagens têm mínima probabilid­ade de espalhar a SARSCOV-2”, afirmou a FDA, em comunicado da comissária Janet Woodcock. O texto lembra que a covid-19 “é uma doença respiratór­ia transmitid­a de pessoa a pessoa, diferentem­ente dos vírus transmitid­os por alimentos ou gastrointe­stinais, como o norovírus e a hepatite A, que costumam deixar as pessoas doentes via alimentos contaminad­os”.

“Dado que o número de partículas de vírus que teoricamen­te poderiam ser captadas tocando uma superfície seria muito pequeno e a quantidade necessária para infecção por inalação oral seria muito alta, as chances de infecção ao tocar a superfície da embalagem de alimentos ou comer alimentos são considerad­as extremamen­te baixas”, acrescenta.

Essa atualizaçã­o do entendimen­to é baseada em um consenso científico internacio­nal que garante que o risco de contaminaç­ão por alimentos ou suas embalagens é extremamen­te baixo. “Consideran­do os mais de 100 milhões de casos de covid19, não vimos evidências epidemioló­gicas de alimentos ou embalagens de alimentos como a fonte de transmissã­o da SARSCOV-2 para humanos”, conclui o documento.

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