Americanas e BR se unem em conveniência
Depois de dois anos de negociações, a BR Distribuidora e a Lojas Americanas anunciaram ontem a criação de uma parceria no mercado de conveniência de varejo. A atuação conjunta entre a distribuidora de combustíveis e a gigante varejista será meio a meio. Funcionará dentro dos postos de gasolina, com a rede BR Mania, e fora deles, com as unidades da bandeira Local. A joint venture é avaliada em até R$ 995 milhões.
Desde que foram iniciadas as conversas, as empresas passaram por grandes transformações. A BR, antes subsidiária integral da Petrobrás, foi totalmente privatizada, e a Lojas Americanas promoveu, no ano passado, um aumento de capital bilionário, principalmente devido à expansão da B2W, sua controlada, impulsionada pelas vendas digitais em meio à pandemia de covid-19.
Os ganhos esperados virão do melhor aproveitamento de conhecimentos distintos. A BR, presente em todo o País, tem grande capilaridade. Apesar disso, as 1,2 mil lojas de conveniência – criadas para alavancar as vendas de combustíveis – estão presentes em somente cerca de 15% do total de postos com da marca. No mercado, essa média é de 20%. A expansão da rede é um dos objetivos da distribuidora.
Com a parceria, as Lojas Americanas, que tem 55 lojas de vizinhança (batizado Local), vai ganhar musculatura. Dona de centros de distribuição e uma infraestrutura avançada de atendimento digital, passará a ter acesso ao canal de postos. As lojas de conveniência irão também ampliar a atuação com entregas de produtos.
“Vamos alavancar o segmento de conveniência com melhor gestão de sortimento e maior faturamento por metro quadrado”, disse Natália Cid, gerente executiva de franquias da BR. O modelo de operação prevê tanto lojas franqueadas quanto pontos próprios, segundo o comunicado divulgado ontem.