‘CORTEI SUPÉRFLUOS E TROQUEI MARCAS’
Combustível pesa e compromete renda mensal
Para a fisioterapeuta Andrea Chiara Ferreira Silva, de 50 anos, o aumento no preço da gasolina achatou consideravelmente sua renda mensal. Ela faz atendimento domiciliar e usa o carro diariamente, consumindo muito combustível. “Apesar disso, não consegui repassar o aumento para os clientes já que muitos deles também estão passando por um aperto no orçamento”, diz ela.
Além da gasolina, a fisioterapeuta também teve aumento no preço do plano de saúde, de R$ 800 para R$ 1,7 mil por causa da mudança de faixa etária. “Junta-se a isso o aumento do preço dos alimentos e dos itens para atendimento, como propé, álcool e máscara para manter a segu- rança no trabalho.” Em 2020, ela chegou a ficar três semanas sem atender. Na retomada, diz a fisioterapeuta, os clientes exi- giam um protocolo de seguran- ça que custa caro. “Sem isso não tinha como atender. Tudo isso foi reduzindo o rendimento no fim do mês.”
Andrea afirma que a situação só não ficou pior porque ela con- seguiu alguns clientes a mais de- vido a pandemia. “Muitas pes- soas estão precisando fazer fi- sioterapia para recuperação pós-covid.” Mesmo assim, ela destaca que chega no fim do mês com menos dinheiro do que antes. “Cortei supérfluos, como chocolates e vinhos, e tro- quei algumas marcas por outras mais baratas para equilibrar o orçamento.”/