O Estado de S. Paulo

Senado aprova tornar Pronampe permanente

Projeto vai a sanção de Bolsonaro; mas persiste impasse sobre valor do crédito que será oferecido este ano a micro e pequenas empresas

- Idiana Tomazelli

O Senado aprovou ontem uma nova rodada do programa de crédito a micro e pequenas empresas, o Pronampe. O texto segue agora para sanção do presidente Jair Bolsonaro. Apesar do sinal verde do Congresso, a divergênci­a em torno do valora ser aportado par adar garantia às novas operações aindaéumim­p asse central para o relançamen­to da medida.

A senadora Kátia Abreu (PPTO), relatora do projeto, fez um apelo durante a sessão do Senado para que o governo destine R $10 bilhões para anovar oda dado Pronampe, embora a equipe econômica queira destinar metade disso, R$ 5 bilhões.

O projeto, de autoria do senador Jorginho Mello (PL-SC), torna o programa uma política oficial permanente de crédito do governo, para além da pandemia da covid-19. Pelo desenho que vigorou até o fim do ano passado, o custo do financiame­nto para o tomador era de 1,25% mais a taxa básica de juros, a Selic. Agora, o texto prevê cobrança de Selic mais 6%.

O aumento dos juros foi colocado para atrair bancos à nova rodada, uma vez que o porcentual da carteira que será garantido pelo fundo público em caso de inadimplên­cia será menor. Como isso eleva o risco para a instituiçã­o financeira, a remuneraçã­o precisa ser maior.

O juro maior já foi aprovado pelos parlamenta­res, mas há insistênci­a no volume maior de recursos. Cabe ao governo abrir o crédito extraordin­ário que liberará o dinheiro. O Ministério da Economia autorizou a liberação de R$ 5 bilhões, mas lideranças do congresso e empresas queremo dobro .“Eu pretendo e peço ajuda ao líderd ogo vernon o Senado, aop residente Rodrigo pacheco( de m-mg ”, disse a senador adurante a sessão .“esses R $5 bilhões não dão nem para começo de conversa.”

Volume. Segundo a relatora, caso seja mantida a média de crédito de R$ 72 mil contratado pelas empresas em 2020, apenas 69 mil companhias terão acesso a novos financiame­ntos este ano. Ela observou ainda que R$ 1 bilhão do total previsto deve, pela lei, ser destinado a empresas de setor de eventos e turismo. Esse ponto foi negociado com aval do presidente Jair Bolsonaro.

Para defender a ampliação dos recursos, a relator mencionou que o número total de empresas é bem maior. “Temos 247.230 empresas que são de eventos. Se somar de economia criativa, 1,5 milhão. Há 300 mil bares e restaurant­es”, citou. “Quero pedir atenção de todos ao volume de recursos que o governo deverá disponibil­izar nessa nova etapa.”

O assessor especial do Ministério da Economia, Guilherme Afif, disse que não é recomendad­o injetar agora mais que R$ 5 bilhões na nova rodada do programa, mas deixou a porta aberta para uma reavaliaçã­o do valor, caso a demanda se mostre muito acima da inicialmen­te esperada. Para a equipe econômica, a aceleração da vacinação contra a covid-19 pode impulsiona­r a economia e reduzir a dependênci­a das empresas em relação a essas medidas de socorro.

• Insuficien­te

“Peço ajuda ao líder do governo no Senado, ao presidente Rodrigo Pacheco. Esses R$ 5 bilhões não dão nem para começa de conversa.” Kátia Abreu

SENADORA (PP-TO)

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DIDA SAMPAIO/ESTADÃO - 15/12/2020 Apelo. Relatora do projeto, Kátia Abreu pede para valor do crédito ser elevado a R$ 10 bilhões

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