Brasil vai ter sete representantes no boxe em Tóquio
Equipe terá três atletas na disputa feminina e quatro na masculina; País foi ao pódio nas duas últimas Olimpíadas
Três mulheres e quatro homens vão tentar trazer, pela terceira olimpíada consecutiva, uma medalha para o Brasil no boxe. Os sete atletas querem subir ao pódio em Tóquio, repetindo o feito de Adriana Araújo (bronze), Yamaguchi Falcão (bronze), Esquiva Falcão (prata) e Robson Conceição (ouro). São eles: Graziele Jesus (51 quilos), Jucielen Romeu (57 quilos), Bia Ferreira (60 quilos), Wanderson Oliveira (63 quilos), Hebert Conceição (75 quilos), Keno Marley (81 quilos) e Abner Teixeira (91 quilos). O Brasil ainda possui mais uma medalha de bronze olímpica, conquistada por Servilio de Oliveira
nos Jogos do México, em 1968.
Por causa da pandemia o torneio pré-olímpico, que seria disputado em Buenos Aires neste mês, foi cancelado em abril. Com isso, as 49 vagas que seriam disputadas para Tóquio, em 13 categorias diferentes, foram entregues para os melhores colocados no ranking mundial entre os atletas do continente.
O principal destaque é Bia
Ferreira, atual campeã mundial na categoria 60 quilos. Com mais de 20 pódios em competições internacionais, Bia é a favorita para a conquista da medalha de ouro.
Jucielen Romeu foi prata nos Jogos Pan-americanos, em 2019, em Lima, no Peru, enquanto Graziele Jesus ficou com o bronze em importante torneio na Bulgária no ano passado.
No masculino, Hebert Conceição foi bronze no Mundial, enquanto Keno Marley foi campeão da Olimpíada da Juventude e prata no Pan de Lima.
Com a ida dos sete boxeadores, a delegação brasileira para Tóquio já atinge 220 nomes e deverá chegar, segundo estimativas do Comitê Olímpico do Brasil (COB), a 250 atletas. Dessa forma, a representação brasileira chega perto da que foi a
Londres-2012 (259). No Rio2016, foram 462 inscritos, mas o Brasil era o país-sede.
O boxe é disputado nos Jogos Olímpicos desde a edição de Saint-louis, em 1904, com exceção dos Jogos de Estocolmo, em 1912, devido a uma lei sueca que bania a prática do esporte em seu território. A modalidade correu o risco de ficar de fora dos Jogos de Tóquio por causa de problemas de corrupção na Associação de Boxe Amador (Aiba), que organizava as competições.
No quadro de medalhas o Brasil aparece apenas na 37.ª colocação, com uma medalha de ouro, uma prata e três bronzes. Os Estados Unidos lideram com 50 de ouro, 24 de prata e 40 de bronze (114 no total), seguido por Cuba, dona de 37 de ouro, 19 de prata e 17 de bronze (73).