O Estado de S. Paulo

São Paulo fica no empate com o Racing e se complica

Equipe não consegue se impor no Morumbi e argentinos poderão se classifica­r com um 0 a 0 em casa

- Raphael Ramos

O São Paulo terá de se superar, semana que vem, na Argentina, para continuar vivo na Libertador­es. A equipe não começou bem as oitavas de final diante do Racing e o empate de ontem por 1 a 1, no Morumbi, deixa o time em situação complicada no torneio. Ao time argentino basta um empate sem gols em casa para avançar.

A história do jogo de ontem foi bem diferente em relação aos dois confrontos entre as duas equipes na primeira fase. Se na Argentina o São Paulo jogou mal, mas mostrou raça para empatar, e depois no Morumbi se deu ao luxo de usar um time reserva por causa da final do Campeonato Paulista, ontem a partida era muito mais importante devido ao seu caráter decisivo e o São Paulo não teve forças para se impor em casa. Por isso, o desempenho da equipe faz a torcida ligar o sinal de alerta para o duelo de volta.

A ausência de tantos jogadores ontem prejudicou demais o jogo do São Paulo, que não tinha William, Rigoni, Luciano e Miranda (machucados), Bruno Alves (suspenso) e Daniel Alves (com a seleção olímpica). O repertório de jogadas da equipe foi pobre. Ao Racing bastava congestion­ar o meio de campo para bloquear toda e qualquer investida do São Paulo.

O goleiro Arias, no entanto, desmontou a estratégia do time argentino com uma falha infantil ao tentar encaixar um cruzamento fraco, aos 34 minutos. Melhor para Vitor Bueno – que havia entrado minutos antes no lugar do lesionado Eder e nem precisou de muito esforço para colocar o São Paulo em vantagem.

O gol provocou uma pane no sistema defensivo do Racing e o São Paulo teve em poucos minutos duas chances de ampliar. Primeiro, com Vitor Bueno e, depois, com Rodrigo Nestor.

A bem da verdade, porém, é que o São Paulo não fez um bom jogo e só chegou ao gol graças ao presente dado pelo goleiro do Racing. Tanto é que a equipe não conseguiu se manter durante muito tempo à frente do placar. O empate dos argentinos veio antes mesmo do intervalo, aos 45 minutos, em chute rasteiro de Copetti de fora da área que Volpi não alcançou.

No segundo tempo, Crespo renovou o fôlego do ataque do São Paulo com as entradas de Benítez e Gabriel Sara. As alterações, no entanto, não surtiram o efeito esperado porque o Racing avançou a marcação, deixou o São Paulo preso em seu campo defensivo e passou a levar o jogo em “banho-maria”. Para a equipe argentina, o empate estava bom. Não havia necessidad­e de o time arriscar.

Assim, o Racing trocava passes de lado e o São Paulo acabou aceitando o jogo do adversário. Não à toa, a melhor chance de gol da etapa final foi do time argentino. Sorte do São Paulo que Mena, sem marcação e quase embaixo da trave, cabeceou por cima. Caso contrário, o prejuízo seria bem maior.

 ?? NELSON ALMEIDA/REUTERS ?? Disputa. Os zagueiros Diego Costa e Arboleda, do São Paulo, brigam pela bola com Copetti, atacante do Racing
NELSON ALMEIDA/REUTERS Disputa. Os zagueiros Diego Costa e Arboleda, do São Paulo, brigam pela bola com Copetti, atacante do Racing

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