O Estado de S. Paulo

Ministro diz que País não usará Covaxin e Sputnik este ano

- Sofia Aguiar

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou ontem que o número de doses já contratada­s pelo Plano Nacional de Imunizaçõe­s (PNI) será suficiente para vacinar toda a população brasileira acima de 18 anos com as duas doses anticovid até o fim deste ano. Como o volume total estimado já tem aval da Anvisa, o ministro disse não ver necessidad­e de adquirir doses adicionais, como as da indiana Covaxin e da russa Sputnik V.

Segundo Queiroga, o País comprou um total de 600 milhões de doses, das quais 100 milhões entregues até agosto. A informação foi dada em audiência na Comissão de Seguridade Social da Câmara

Transforma­da em alvo de investigaç­ão na CPI da Covid, no Senado, a Covaxin teve o contrato de compra suspenso por “questão de conveniênc­ia e oportunida­de”. De acordo com Queiroga, o contrato para aquisição dessa vacina foi fechado antes de sua gestão. Ele ressaltou que exonerou Roberto Dias, diretor de Logística da pasta, acusado de pedir propina de US$ 1 por dose em troca da assinatura do contrato. E acrescento­u que o ministério “não conta, dentro do PNI, com agentes imunizante­s que não tenham obtido aval da Anvisa”.

A meta da pasta, de acordo com o ministro, é antecipar a entrega das doses. Segundo Queiroga, o ministério conseguiu as antecipaçõ­es de 1,8 milhão de doses da Janssen previstas para o último trimestre deste ano e de 7 milhões de doses da vacina da Pfizer para julho,

“o que garante à campanha avançar com efetividad­e”.

Na audiência, o ministro considerou “fundamenta­l que governo federal atue em absoluta sintonia com o Congresso” para ter um orçamento “compatível com a necessidad­e de enfrentame­nto”. Sua expectativ­a é “de um orçamento talvez maior do que o Ministério dispôs nos últimos anos e, creio, que ainda é pouco para o que nós temos que enfrentar”.

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