Bandeira Elo dá a largada para fazer IPO na Nasdaq
Abandeira de cartões Elo dá a largada para sua abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) na Nasdaq, que deve ocorrer provavelmente em outubro. No fim deste mês, fará as primeiras reuniões com investidores internacionais para apresentar o modelo de negócio e testar o interesse pela companhia, que tem 15% do mercado brasileiro de cartões. É o chamado “testing the waters”, no jargão usado pelos bancos em Wall Street. Em agosto, a bandeira de cartões deve fazer o pedido oficial do IPO. Enquanto mira a Nasdaq, berço da tecnologia nos EUA, suas grandes rivais, Mastercard e Visa, estão listadas na Nyse. O que explica a decisão de ir para Nova York é que lá estão investidores mais especializados, dispostos a pagar múltiplos maiores do que no Brasil.
» Mundo tech. Os sócios ainda avaliam quanto vão vender da Elo, mas a expectativa é a de que as ações no mercado (free float) não passem de 30%. Com a rápida mudança tecnológica no mundo dos meios de pagamento, no Brasil e em outros países, a estratégia é usar uma parte dos recursos do IPO justamente para investir em inovação.
» Com a palavra. O IPO da Elo é coordenado pelos americanos Goldman Sachs, JPMorgan e Morgan Stanley, pelo brasileiro BTG Pactual, além dos três bancos de investimento dos sócios da bandeira Bradesco, Banco do Brasil e Caixa. Procurada, a Elo não comentou.
» Esquentou. A Sobek Energia, empresa que desenvolve e viabiliza projetos de geração elétrica distribuída ao mercado de baixa tensão, vai contestar o processo de venda da Gaspetro pela Petrobrás, por meio de um requerimento administrativo. Nesta semana, a petroleira negou que a Sobek estivesse na disputa. A Sobek quer garantir continuidade na disputa, alegando ter cumprido todos os prazos, desde o inicio do processo. Na última fase, no fim de junho, a Sobek requereu, no entanto, prazo de extensão para entrega de uma garantia, chamada de “bid bond”, exigida para apresentação de uma última proposta financeira. A garantia, de R$ 100 milhões, foi obtida junto ao Fidebank e teria sido analisada pela Petrobrás.
» Concorrente. A Compass, do Grupo Cosan, também disputa a Gaspetro, e o valor apresentado por ambas está na casa dos R$ 2 bilhões. Embora tenha de passar pelo crivo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a Compass é vista como favorita para levar os 51% da participação da Petrobrás na Gaspetro. Os outros 49% pertencem à japonesa Mitsui.
» De volta. O isolamento social acabou para os executivos do alto escalão da Petrobrás. Diretores e gerentes executivos retornam este mês aos escritórios. Eles estão na primeira de três ondas de reocupação dos prédios da estatal petrolífera. Em agosto, será a vez da segunda leva da “alta administração”, num nível mais baixo de gerência.
» Modelo híbrido. O retorno do restante dos empregados acontecerá em outubro. Ainda assim, está mantido o modelo de trabalho híbrido proposto pelo ex-presidente da empresa, Roberto Castello Branco. Quando retomarem as atividades, os funcionários vão compartilhar espaços e equipamentos e alternar entre os trabalhos remoto e presencial.
» Riqueza. Com baixa visitação se comparados aos de países referência no setor, os parques naturais brasileiros apresentam forte potencial turístico e econômico. Se melhor aproveitados, teriam condições de atrair um número quase cinco vezes maior de visitantes. As conclusões são de um estudo do Instituto Semeia, que trabalha para valorizar os recursos naturais do País. O levantamento, feito pela consultoria BCG, indica que esse segmento do turismo poderia saltar de uma participação de 0,1% no PIB para 0,6%, ou o equivalente a R$ 44 bilhões.
» Raio X. Em 2019, os cerca de 300 parques naturais do País atraíram em torno de 13 milhões de visitantes, total que, segundo o estudo, poderia chegar a 56 milhões. Com a visitação a todo vapor, o impacto no emprego seria equivalente a quase 1 milhão de postos de trabalho. » Fim de ciclo. Luiz Fernando Butori, que comandava a área de crédito consignado, de desconto em folha de pagamentos, do Itaú Unibanco, está de saída do maior banco da América Latina. Após 28 anos, incluindo passagens pelo Nacional e o Unibanco, ele alegou motivos pessoais para deixar o conglomerado.
» Há vaga. O Itaú ainda não selecionou um substituto. Um comitê de sucessão deve ser criado. Em recentes movimentos, o banco, sob a liderança de Milton Maluhy, foi ao mercado para preencher vagas abertas.