O Estado de S. Paulo

Bandeira Elo dá a largada para fazer IPO na Nasdaq

- ALTAMIRO SILVA JUNIOR, CRISTIANE BARBIERI, CYNTHIA DECLOEDT, FERNANDA NUNES, GABRIEL BALDOCCHI E ALINE BRONZATI

Abandeira de cartões Elo dá a largada para sua abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) na Nasdaq, que deve ocorrer provavelme­nte em outubro. No fim deste mês, fará as primeiras reuniões com investidor­es internacio­nais para apresentar o modelo de negócio e testar o interesse pela companhia, que tem 15% do mercado brasileiro de cartões. É o chamado “testing the waters”, no jargão usado pelos bancos em Wall Street. Em agosto, a bandeira de cartões deve fazer o pedido oficial do IPO. Enquanto mira a Nasdaq, berço da tecnologia nos EUA, suas grandes rivais, Mastercard e Visa, estão listadas na Nyse. O que explica a decisão de ir para Nova York é que lá estão investidor­es mais especializ­ados, dispostos a pagar múltiplos maiores do que no Brasil.

» Mundo tech. Os sócios ainda avaliam quanto vão vender da Elo, mas a expectativ­a é a de que as ações no mercado (free float) não passem de 30%. Com a rápida mudança tecnológic­a no mundo dos meios de pagamento, no Brasil e em outros países, a estratégia é usar uma parte dos recursos do IPO justamente para investir em inovação.

» Com a palavra. O IPO da Elo é coordenado pelos americanos Goldman Sachs, JPMorgan e Morgan Stanley, pelo brasileiro BTG Pactual, além dos três bancos de investimen­to dos sócios da bandeira Bradesco, Banco do Brasil e Caixa. Procurada, a Elo não comentou.

» Esquentou. A Sobek Energia, empresa que desenvolve e viabiliza projetos de geração elétrica distribuíd­a ao mercado de baixa tensão, vai contestar o processo de venda da Gaspetro pela Petrobrás, por meio de um requerimen­to administra­tivo. Nesta semana, a petroleira negou que a Sobek estivesse na disputa. A Sobek quer garantir continuida­de na disputa, alegando ter cumprido todos os prazos, desde o inicio do processo. Na última fase, no fim de junho, a Sobek requereu, no entanto, prazo de extensão para entrega de uma garantia, chamada de “bid bond”, exigida para apresentaç­ão de uma última proposta financeira. A garantia, de R$ 100 milhões, foi obtida junto ao Fidebank e teria sido analisada pela Petrobrás.

» Concorrent­e. A Compass, do Grupo Cosan, também disputa a Gaspetro, e o valor apresentad­o por ambas está na casa dos R$ 2 bilhões. Embora tenha de passar pelo crivo do Conselho Administra­tivo de Defesa Econômica (Cade), a Compass é vista como favorita para levar os 51% da participaç­ão da Petrobrás na Gaspetro. Os outros 49% pertencem à japonesa Mitsui.

» De volta. O isolamento social acabou para os executivos do alto escalão da Petrobrás. Diretores e gerentes executivos retornam este mês aos escritório­s. Eles estão na primeira de três ondas de reocupação dos prédios da estatal petrolífer­a. Em agosto, será a vez da segunda leva da “alta administra­ção”, num nível mais baixo de gerência.

» Modelo híbrido. O retorno do restante dos empregados acontecerá em outubro. Ainda assim, está mantido o modelo de trabalho híbrido proposto pelo ex-presidente da empresa, Roberto Castello Branco. Quando retomarem as atividades, os funcionári­os vão compartilh­ar espaços e equipament­os e alternar entre os trabalhos remoto e presencial.

» Riqueza. Com baixa visitação se comparados aos de países referência no setor, os parques naturais brasileiro­s apresentam forte potencial turístico e econômico. Se melhor aproveitad­os, teriam condições de atrair um número quase cinco vezes maior de visitantes. As conclusões são de um estudo do Instituto Semeia, que trabalha para valorizar os recursos naturais do País. O levantamen­to, feito pela consultori­a BCG, indica que esse segmento do turismo poderia saltar de uma participaç­ão de 0,1% no PIB para 0,6%, ou o equivalent­e a R$ 44 bilhões.

» Raio X. Em 2019, os cerca de 300 parques naturais do País atraíram em torno de 13 milhões de visitantes, total que, segundo o estudo, poderia chegar a 56 milhões. Com a visitação a todo vapor, o impacto no emprego seria equivalent­e a quase 1 milhão de postos de trabalho. » Fim de ciclo. Luiz Fernando Butori, que comandava a área de crédito consignado, de desconto em folha de pagamentos, do Itaú Unibanco, está de saída do maior banco da América Latina. Após 28 anos, incluindo passagens pelo Nacional e o Unibanco, ele alegou motivos pessoais para deixar o conglomera­do.

» Há vaga. O Itaú ainda não selecionou um substituto. Um comitê de sucessão deve ser criado. Em recentes movimentos, o banco, sob a liderança de Milton Maluhy, foi ao mercado para preencher vagas abertas.

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SHANNON STAPLETON/REUTERS
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ALMIR FERREIRA/ESTADAO-8/4/020
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AGÊNCIA PETROBRÁS

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