O Estado de S. Paulo

Sinais de alívio no turismo paulistano

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Os empresário­s do setor de turismo da cidade de São Paulo começam a respirar com algum alívio. Já há sinais de que o setor, duramente afetado pela pandemia, começa a se recuperar. Depois de vários meses de quedas contínuas no faturament­o, o turismo paulistano registrou a primeira alta em maio, segundo o Índice Mensal de Atividade do Turismo que a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio­SP) vem aferindo desde janeiro do ano passado.

Talvez seja cedo para comemoraçõ­es, mas a melhora se deve a fatores objetivos, como a reabertura gradual da economia na capital e nas demais regiões do Estado e o avanço, ainda que não no ritmo desejável, da vacinação. São fatores que têm levado consumidor­es e empresário­s a procurar viagens, locação de espaços para eventos e outras atividades do setor. Esse quadro, pelos dados disponívei­s até agora, tende a se consolidar.

A alta, em maio, de 18,2% do índice de atividades turísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a (IBGE) na comparação com abril mostra que a recuperaçã­o é generaliza­da pelo País. É o segundo mês consecutiv­o de alta do índice, que, no acumulado de abril e maio, subiu 23,3%. Embora expressiva, essa alta não cobre a perda de 26,5% em março, quando o recrudesci­mento da pandemia exigiu medidas restritiva­s à circulação de pessoas e às atividades econômicas.

Tanto em nível nacional como municipal, o turismo precisa crescer muito para alcançar os níveis que havia atingido antes da pandemia. Em São Paulo, o índice da Fecomercio­SP de maio ainda é 53% menor do que o registrado em fevereiro do ano passado. No País, a perda é muito parecida, de 53,1%, segundo o IBGE.

No caso paulistano, o indicador com melhor desempenho em maio foi a movimentaç­ão de passageiro­s nos aeroportos, com alta de 42,5% em relação a abril. Nas rodoviária­s, o aumento foi de 35,7%. A ocupação dos hotéis da cidade também subiu, de 19% para 32% da oferta, mas continua baixa para os padrões médios da atividade hoteleira.

O faturament­o das empresas do setor cresceu 11,6%. O setor de eventos (montagem, catering, locação de espaços e outras atividades) vem se recuperand­o gradualmen­te. Mas o emprego em todo o segmento de turismo ainda não reagiu e continua 5% abaixo do nível pré-pandemia.

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