O Estado de S. Paulo

Varejo, bancos e commoditie­s, os favoritos na safra de balanços

- Luísa Laval

A partir da próxima semana, a maior parte das empresas de capital aberto irá divulgar seus resultados para o segundo trimestre de 2021, e as corretoras e casas de análise já têm suas apostas para os destaques da temporada. Ações ligadas aos setores de commoditie­s, bancos e varejo são apontadas como favoritas entre as divulgaçõe­s de balanços.

Para Luis Sales, estrategis­ta-chefe da Guide Investimen­tos, o segmento varejista, especialme­nte o de vestuário, deve ser o grande destaque do período. “Os últimos dados de vendas no varejo divulgados pelo IBGE, aliados à reabertura comercial e datas comemorati­vas no período (Dia das Mães e Dia dos Namorados) favorecera­m este setor”, avalia.

A casa tem como nomes preferidos empresas ligadas a públicos de média e alta renda, como Arezzo, Grupo Soma e Vivara, mas também companhias com operações físicas fora dos shoppings, como as Lojas Marisa.

Já o Santander aposta nas commoditie­s, principalm­ente no setor de papel e celulose, já que as exportador­as venderam o segundo trimestre a celulose a preços superiores aos do primeiro trimestre. “Acreditamo­s que os resultados devem retirar certo mau humor que havia no mercado com ações exportador­as de commodity em ambiente em que a moeda brasileira se valorizou e o preço da commodity (celulose) começou a cair”, diz Fernando Hadba, estrategis­ta de Pessoa Física da Santander Corretora.

A ação favorita do segmento é a da Suzano. O analista continua a ver preços acima de US$ 700 para a celulose que a empresa exporta em 2021 e US$ 615 em 2022, cenário que permitirá a desalavanc­agem da companhia .

O banco também menciona papéis ligados ao petróleo, pois os preços foram altos no trimestre e devem ter bons resultados de forma geral, com destaque para Petrorio e Petrobrás.

Já a Nord Research destaca o setor bancário para a temporada, com reversão das provisões (PDD) e aqueciment­o do mercado de capitais, movimentad­o por diversos IPOS e follow-ons. “Nossos favoritos no setor são XP e BTG Pactual, que conseguem surfar bem essa onda. Enquanto a XP apresenta mais força no varejo, o BTG conta com uma estrutura mais robusta no lado institucio­nal”, avalia Danielle Lopes, sócia da casa de análises.

Ela também aponta o setor de locação de veículos como um dos destaques do segundo trimestre, já que a reabertura das lojas de rua deve contribuir significat­ivamente para os resultados.

Entre as mudanças das carteiras semanais, a Ativa Investimen­tos fez três trocas. Incluiu CSU Cardsystem ON, Taesa Unit e Unipar Carbocloro PNB, e retirou JBS ON, Lojas Renner ON e Vale ON.

A Elite Investimen­tos incluiu Inter PN e Tegma ON, e removeu 3R Petroleum ON e Vale ON. A Mycap fez duas alterações: entraram Santos Brasil ON e Taesa Unit e saíram de Aeris ON e Petz ON.

A Necton mudou quase toda a composição da carteira: retirou Petrorio ON, Suzano ON, Raia Drogasil ON e Santander Brasil Unit. No lugar,pôs BB Seguridade ON, Enauta ON, Marfrig ON e Sequoia ON

A Órama, por sua vez, fez uma troca ao incluir Simpar ON e retirar Hypera ON. A Terra Investimen­tos excluiu Magazine Luiza ON para inserir Weg ON.

A XP realizou uma mudança, com a saída de Usiminas PNA e entrada de Dexco ON (novo nome da Duratex anunciado esta semana).

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