O Estado de S. Paulo

À espera de mais voos para o interior

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Ampliar o número de rotas regulares para o interior do Estado, oferecer mais e melhores serviços ligados ao transporte aéreo às principais cidades paulistas e assim estimular investimen­tos e turismo são alguns dos objetivos esperados pelas autoridade­s estaduais com a concessão de 22 aeroportos regionais, realizada na quinta-feira passada na B3. Com o êxito do leilão, o governo do Estado de São Paulo não tem mais nenhum aeroporto sob sua responsabi­lidade. Como resultado dos investimen­tos diretos de R$ 447 milhões ao longo do período de concessão, de 30 anos, é esperado aumento no número de linhas aéreas regulares para o interior do Estado.

“A chegada do investidor privado vai gerar aumento da capacidade dos aeroportos, impactando na oferta de voos e, consequent­emente, uma alta significat­iva de desenvolvi­mento econômico e social, o que gera emprego e renda”, disse o secretário de Logística e Transporte­s de São Paulo, João Octaviano Machado Neto.

O conjunto de aeroportos concedidos à gestão privada foi dividido em dois blocos, pelos quais as empresas vencedoras se compromete­ram a pagar R$ 22 milhões. Do total, apenas seis são atendidos por rotas regulares. Outros 13 são considerad­os com potencial para desenvolve­r novas rotas regulares. O movimento atual é estimado em 2,4 milhões de passageiro­s, entre embarques e desembarqu­es. Ao longo do prazo de concessão, segundo estimativa­s do governo, o total pode chegar a 8 milhões de passageiro­s.

O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, considera que todos os aeroportos do interior podem interessar ao setor. Mas a expansão de rotas depende de vários fatores, entre os quais ele citou as condições a serem oferecidas pelas concession­árias e o potencial de demanda das diferentes regiões.

De acordo com as regras fixadas pelo governo paulista, a concessão dos aeroportos a empresas privadas prevê operação, manutenção, exploração e ampliação da infraestru­tura aeroportuá­ria estadual. Além de receitas tarifárias, as concession­árias disporão de outras, como aluguéis de hangares e atividades comerciais.

O bloco Noroeste foi vencido pelo consórcio Aeroportos Paulista, liderado pela Socicam. O bloco Sudeste foi arrematado pelo consórcio Voa NW e Voa SE.

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