O Estado de S. Paulo

Setor de combustíve­is critica veto em MP

Presidente Bolsonaro voltou atrás e vetou artigo de uma medida provisória que acabava com a isenção de PIS e Cofins em Manaus

- Wagner Gomes

As distribuid­oras de combustíve­is estudam entrar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do presidente Jair Bolsonaro de vetar o artigo 8º da Medida Provisória (MP) 1034/21, que acabaria com a possibilid­ade de isenção de PIS e Cofins sobre combustíve­is importados para a Zona Franca de Manaus.

Bolsonaro sancionou o artigo na manhã de quinta-feira, mas depois mudou de ideia e anunciou o veto. Com a decisão do presidente, continua valendo a liminar que a distribuid­ora Atem tem desde 2017 para não recolher esses impostos. O setor afirma que a liminar é ilegal.

“Vamos tentar (derrubar o veto) pela via jurídica, talvez o STF. Estamos vendo o que se pode fazer”, diz a diretora executiva de Downstream do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Valéria Lima. O artigo, se aprovado pelo presidente, anularia as liminares, o que colocaria as empresas do setor em igualdade, de acordo com a entidade.

A BR Distribuid­ora já entrou com uma ação pedindo a uniformida­de da cobrança a todos importador­es de combustíve­is na região. A Petrobrás e o Sindicom, que representa Raízen e Ipiranga, também fazem parte da ação como parte solidária.

Uma fonte de uma das principais distribuid­oras do País, que prefere não ser identifica­da, afirma que o veto causou perplexida­de entre as empresas que recolhem os tributos normalment­e.

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