Consolidação do setor de luto tem embate com referência a ‘Round 6’
Oamadurecimento de um mercado que entrou recentemente na mira de fundos de private equity (que compram participação de empresas), o de death care, ou assistência à morte, tem criado um embate entre empresários do setor. Após grupos partirem para a consolidação da área, o empresário e presidente da Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário (Abradife), Lourival Panhozzi, começou a se posicionar contra esse movimento. “Se você não assistiu à série ‘Round 6’ nem está atento aos acontecimentos do nosso setor, não vai entender a analogia. Mas se assistiu, pelo menos o primeiro jogo (batatinha frita 1,2,3), irá perceber que a arte imita a vida”, escreveu ele.
• CAPITALISTAS. Um dos grupos que entraram para consolidar esse mercado foi o Zelo, hoje uma das maiores empresas de cemitérios do Brasil. No ano passado, ele recebeu uma injeção de capital do fundo Crescera (ex-bozano). Pátria, Kinea e Carlyle seriam algumas das gestoras que já olham o setor.
• LEVOU. O Grupo Zelo está com muito apetite. Desde o ano passado, fez dezenas de aquisições, mas grande parte da sua receita, cerca de 70%, vem dos planos, não de serviços particulares. Além deles, o Grupo Cortel, que está na fila para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) para colocar mais recursos no caixa e seguir no processo de consolidação, tem por trás a gestora Zion, investidora por meio do fundo Brazilian Graveyard, e já começou a comprar ativos para se verticalizar.
• ASSOCIADOS. Procurado, o Zelo disse que atua há quatro anos no mercado, “no sentido de contribuir para a profissionalização do setor de Death Care no Brasil, por meio da adoção das melhores práticas de governança, compliance e sustentabilidade na gestão da empresa”. E informou ainda que o grupo é formado por pequenas funerárias cujos donos detêm a maior parte do capital. “Nossa atuação, portanto, é rigorosamente pautada pelo respeito, qualidade, eficiência e acolhimento na prestação dos serviços às famílias de nossos mais de três milhões de clientes distribuídos em 12 estados e no Distrito Federal.”
• REFORMA. A Jive, gestora especializada na recuperação de ativos problemáticos, vai lançar ainda neste ano seu primeiro fundo de investimento imobiliário (FII) listado na Bolsa. Buscará captar de R$ 300 milhões a R$ 400 milhões para a compra e a reforma de prédios antigos que possam gerar renda com o aluguel dos apartamentos depois da renovação.
• NOVO PÚBLICO. A iniciativa acontece depois de a Jive ter recebido um aporte liderado pela XP, em junho. Com a nova sócia, a gestora recebeu também a missão de criar um portfólio de produtos mais próximos do varejo, isto é, com risco, complexidade e tíquete médio de entrada mais baixos do que seus fundos tradicionais. A XP tem investido em casas independentes e espera ganhar popularidade em mercados alternativos.
• EXPERIÊNCIA. Não será a primeira tacada da Jive no ramo do retrofit. A gestora tem um fundo fechado que atua nesse modelo e, atualmente, tem seis prédios em renovação. Ao todo, a Jive tem um portfólio de R$ 8 bilhões de ativos sob gestão, dos quais cerca de 25% são do setor imobiliário.
• AMARELINHA. Na disputa acirrada entre bancos tradicionais e fintechs, a meninada entrou na mira das instituições financeiras. Com isso, ganham mais opções. Desta vez é o C6 que lança uma conta para esse público, batizada de C6 Yellow.
• PIPA. No ano passado, o Next, banco digital do Bradesco, já tinha dado passo semelhante, ao lançar uma conta para menores de idade por meio de uma parceria com a Disney. Também em 2020 o banco Inter lançou a “conta kids”.
• COLORIDO. No caso do C6, jovens clientes poderão escolher a cor do cartão entre as opções de amarelo, azul, verde, rosa e laranja. Será possível aos pais utilizar a opção mesada e programar entrada mensal na conta – e todos os gastos serão comunicados por SMS.