Lira impõe passaporte sanitário na Câmara
O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-al), anunciou ontem a retomada dos trabalhos presenciais na Casa na próxima segunda-feira e, para isso, impôs como condição uma espécie de “passaporte sanitário” para ingressar no prédio. “Serão tomadas todas as medidas administrativas e sanitárias no retorno das atividades, entre elas, a apresentação da carteira de vacinação”, disse Lira, por meio de seu Twitter.
A medida vai de encontro ao que prega o presidente Jair Bolsonaro, que já criticou a medida adotada por prefeitos. Questionada, a assessoria de Lira não informou se a exigência também valeria para Bolsonaro e demais visitantes da Câmara.
A volta das atividades presenciais acontece depois de um ano e meio de pandemia, que fez o Poder Legislativo limitar a ocupação do espaço para evitar a disseminação da covid-19. Neste período, a Câmara adotou um modelo híbrido, em que deputados participam das votações virtualmente e poucos parlamentares vão presencialmente ao plenário.
PROPOSTA.
Um projeto de lei que prevê a adoção do passaporte de vacinação em todo o País foi aprovado pelo Senado no dia 10 de junho, mas parou na Câmara. Uma semana depois de os senadores aprovarem o projeto, Bolsonaro, durante live nas redes sociais, reclamou da iniciativa. “Nós primamos pela liberdade. Não pode obrigar as pessoas a tomar vacina”, disse o presidente na ocasião.
Bolsonaro também ameaçou vetar a medida caso o Congresso aprove. Enquanto não há uma lei nacional que determine a exigência de estar vacinado para circular nos espaços, cidades como Rio e São Paulo aplicaram a iniciativa em âmbito local. •