O Estado de S. Paulo

Com indicações ‘travadas’, CNMP fica sem quórum

Colegiado cancela reunião após término do mandato de quatro conselheir­os; outras seis nomeações estão paradas no Senado

- LUIZ VASSALLO

Com o final do mandato de quatro conselheir­os e outras seis indicações paradas no Senado, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), na iminência de não ter quórum, cancelou sua próxima reunião, inicialmen­te marcada para próxima terça-feira. A decisão foi tomada pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, que preside o colegiado.

No Senado, cinco indicações já aprovadas em agosto na Comissão de Constituiç­ão e Justiça (CCJ) estão na gaveta do presidente Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Ainda resta uma indicação que ainda não passou pela CCJ. A interlocut­ores, Pacheco tem dito que pode pautar as indicações no plenário na segunda quinzena de novembro, o que provocaria a falta de quórum em pelo menos duas sessões do CNMP. No entanto, o Estadão apurou que o senador mencionou à PGR a possibilid­ade de pautar estas indicações somente no início do ano de 2022.

Anteontem, encerrou-se o biênio das conselheir­as indicadas pela OAB, Fernanda Marinela e Sandra Krieger, do procurador do Ministério Público do Trabalho Sebastião Caixeta, e do procurador da República Silvio Amorim.

INDICADOS. Um dos nomes pendentes é o do corregedor do CNMP, Rinaldo Reis, que busca a recondução ao cargo. Reis recebeu 24 votos a favor e dois contrários na CCJ. Também busca a recondução o exprocurad­or-geral de Justiça do Acre Oswaldo D’albuquerqu­e, indicado na vaga dos MPES.

Outro nome é o do procurador Regional da República Antonio Edílio Magalhães Teixeira, indicado por Aras. À vaga do MP Estadual também foi aprovado pela CCJ o ex-procurador-geral de Justiça do Mato Grosso do Sul, Paulo Cezar Passos. O procurador do MPT Ângelo Fabiano Farias também foi aprovado pela CCJ e aguarda votação em plenário. O ex-procurador-geral Militar, Jaime de Cássio Miranda, também aguarda uma posição do plenário.

O juiz catarinens­e Paulo Marcos de Farias, indicado pelo STF, foi aprovado em março, mas até agora não foi a plenário. Indicado pelo Superior Tribunal de Justiça, o juiz da Vara de Falências de São Paulo Daniel Carnio Costa atua como juiz auxiliar da presidênci­a da corte, comandada atualmente pelo ministro Humberto Martins. Seu nome não passou nem pela CCJ. •

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil