Jockey sonha com retomada em semana de Grande Prêmio
Vai longe o tempo em que uma hora dessas a cidade já estaria tomada pelo frenesi de um final de semana de Grande Prêmio São Paulo de Turfe, no Jockey Club. Em sua 98º edição, a primeira com público desde o início da pandemia, as pretensões são bem mais modestas.
JOQUETA. A partir de amanhã, o Hipódromo de Cidade Jardim irá sediar três dias de provas. O Grande Prêmio São Paulo, o páreo mais importante, acontece no domingo com duas atrações: Jeane Alves, a melhor joqueta do Brasil e a única mulher da competição e o jóquei Jorge Ricardo – recordista mundial – montando o cavalo Head Office.
POLÍTICOS. No passado, o evento mobilizava 50 mil pessoas. Desta vez, a expectativa não arranha as 5 mil. Estrelas do mundo político eram habitués, mas hoje autoridades como o prefeito Ricardo Nunes e o governador Rodrigo Garcia, embora convidadas, não sinalizam (até agora) nenhuma intenção de ‘dar uma passadinha’.
BOCA LIVRE. Sem verba para patrocinar um grande almoço de abertura ou algo como um ‘tapete vermelho’, o evento não deve receber celebridades (fala-se que, talvez, o cantor Zezé di Camargo apareça).
GLAMOUR. Ninguém espera o tradicional desfile de chapéus glamourosos pelas tribunas, mas existe um dress code para a arquibancada Social Paddock que sugere ‘esporte fino’.
DE GRAVATA. Para o domingo, o restaurante Cena Jockey sugere ‘passeio completo’ – terno, camisa, gravata e sapato para homens; vestido, saia ou macacão para mulheres.
CRIANÇAS. Para atrair famílias para o evento, o Jockey terá atrações para crianças e também um ‘Bar nas Alturas’, onde se bebe içado por um guindaste a 35 metros do chão.
FUTURO. Apesar das dificuldades financeiras e de pouco apelo com o público mais jovem, a administração do Jockey aposta que esse pode ser o Grande Prêmio da virada. Com Benjamin Steinbruch, como Presidente do Conselho de Administração, a entidade passa por uma forte reestruturação.