O Estado de S. Paulo

TSE terá de responder se senadores podem fazer as suas próprias coligações

- COM LAURIBERTO POMPEU, MATHEUS LARA E GUSTAVO CÔRTES. COLABOROU FELIPE FRAZÃO

Oprocurado­r-geral eleitoral, Paulo Gonet, deu sua opinião no último dia 10: as chapas de candidatos a governador podem ter mais de um senador. Segundo políticos e advogados, o entendimen­to dos ministros do TSE não será diferente. Até porque, em 2014, isso ocorreu em diferentes Estados, como no Amapá. A dúvida que resta, porém, é se esses candidatos ao Senado poderão caçar seus próprios aliados e formar coligações completame­nte diferentes das amarradas pelos candidatos a governador. Isso abrirá negociaçõe­s paralelas e pode resultar em mais rachas na já difícil amarração tentada tanto por Luiz Inácio Lula da Silva quanto por Jair Bolsonaro na construção de seus palanques estaduais.

• FIAÇÃO. Exemplo é o Rio, onde Alessandro Molon (PSB) disputa com André Ceciliano (PT) a vaga de candidato ao Senado na chapa de Marcelo Freixo (PSB). Caso ambos se lancem candidatos, Molon já tem o apoio da Rede e negocia com o PSOL. Já Ceciliano não esconde a atração por Cláudio Castro (PL).

• UNIDOS. A dúvida deriva de consulta ao TSE feita pelo deputado Delegado Waldir (União-GO). “As eleições para governador e senador são autônomas, por isso não vejo motivos para impedir coligações distintas”, diz Rafael Carneiro, professor do IDP.

FORA. Apoiadores de Bolsonaro • não aprovam os acenos de Ceciliano a Cláudio Castro. “Ele é do PT e (por sua influência) a base do governo Castro está fazendo campanha para Lula”, diz Clarissa Garotinho (União-RJ). Ela também acusa o chefe de gabinete de Castro de atuar pelo PT por ter sido filiado à sigla.

DE NOVO. Rivais de João Doria • dentro do PSDB insistem em tentar incluir os nomes de Eduardo Leite e Tasso Jereissati nas pesquisas para escolher o candidato da terceira via. PSDB e MDB combinaram de contratar medições qualitativ­as e quantitati­vas para chegar a um consenso. Aécio Neves pilota a nova investida anti-Doria.

PLANILHA. O PSD segue indefinido • sobre quem apoiará na disputa presidenci­al. Gilberto Kassab diz que os 12 diretórios estaduais que já opinaram são os que tinham a “situação mais fácil”, agora faltam os difíceis – como MG e SP – e, por isso, a resposta vai demorar.

MUDO. Diplomatas palestinos • fazem hoje um ato em homenagem à jornalista Shireen Abu Akleh, morta na cobertura de um confronto com tropas de Israel. O Itamaraty não comentou o caso. EUA, UE e ONU pedem investigaç­ão independen­te.

TOUR. Empresas de turismo • náutico que atuam no Lago Paranoá, onde bolsonaris­tas farão uma “lanchaciat­a” no domingo, fizeram promoções para atrair apoiadores do presidente que não têm lanchas ou jet skis para participar.

BAIXOU. Uma empresa anuncia • que cobrará R$ 80 (adultos) e R$ 30 (crianças) por um passeio de 4 horas durante a mobilizaçã­o bolsonaris­ta. Para quem estiver de verde e amarelo, os preços são R$ 60 e R$ 30.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil