O Estado de S. Paulo

Corinthian­s vai à Bombonera atrás da vaga antecipada

Copa Libertador­es Vitória garante classifica­ção, mas time terá de mostrar que caso de racismo não vai interferir

- ALMIR LEITE

O Corinthian­s tem dois obstáculos a superar esta noite em La Bombonera, e de certa forma um está relacionad­o ao outro. Uma vitória sobre o Boca Juniors, em jogo que começa às 21h30, vai garantir a classifica­ção antecipada da equipe para as oitavas de final da Libertador­es. Porém, para neutraliza­r um adversário forte em sua casa, terá de mostrar que o episódio de racismo que envolve o lateral-direito Rafael Ramos não abalou os jogadores.

O Alvinegro lidera o Grupo E após quatro rodadas com sete pontos. Como os argentinos têm seis, se triunfar hoje o Alvinegro garantirá no mínimo o segundo lugar na chave.

Rafael Ramos está sendo investigad­o pela acusação de ter chamado de “macaco” o meia Edenilson, do Internacio­nal, no jogo de sábado pelo Campeonato Brasileiro. Está na Argentina com o Corinthian­s mesmo sem poder jogar – não foi inscrito na fase de grupos da Libertador­es. O clube diz que sua ida a Buenos Aires já estava prevista, mas é também uma maneira de afastá-lo um pouco da polêmica.

A lateral direita, aliás, é problema para o técnico Vítor Pereira. Fagner, o titular da posição, não se recuperou de um entorse no tornozelo direito e está fora. João Pedro também está machucado. Assim, ele deverá improvisar Gustavo Mosquito ou Mantuan como ala pela direita e escalar três zagueiros.

PRIMEIRA VEZ. A partida desta noite será a primeira do português no caldeirão do Boca. E ele sabe que não terá vida fácil. “Eu nunca fui à Bombonera. Mas já assisti a grandes clássicos argentinos e, de fato, é um ambiente muito bonito. Sabemos que vai ser um jogo complicado”, prevê.

O Corinthian­s já esteve seis vezes na Bombonera. Perdeu quatro vezes, empatou uma e venceu apenas no distante ano de 1961. E nas últimas quatro partidas como visitante pela Libertador­es não conseguiu ganhar. Desde 2018, quando fez 7 a 2 no Deportivo Lara na Venezuela, não volta para casa com os três pontos.

ROBSON BAMBU. O promotor Márcio Takeshi Nakata, do Ministério Público de São Paulo, pediu ontem à Justiça o arquivamen­to da investigaç­ão que apura a acusação de estupro feita contra Robson Bambu e Wellington Ferreira Barros, amigo do zagueiro. De acordo com Nakata, “não há indícios suficiente­s nem justa causa para a deflagraçã­o de ação penal contra os investigad­os”. •

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RODRIGO COCA/AG. CORINTHIAN­S Jogadores do Corinthian­s treinaram no CT do San Lorenzo

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