O Estado de S. Paulo

Em meio à crise do streaming, Netflix demite 150 funcionári­os

- BRUNA ARIMATHEA

Depois de perder usuários pela primeira vez em mais de uma década, a Netflix confirmou ontem a demissão de 150 funcionári­os em algumas sedes da empresa.

Segundo o serviço de streaming, a maioria dos cortes foi nos Estados Unidos, sem esclarecer quais outros países também foram afetados. A Netflix não informou se algum colaborado­r no Brasil foi desligado. Nos EUA, os cortes representa­m cerca de 2% da força de trabalho da empresa no país.

O mais recente relatório financeiro da companhia, divulgado no final de abril, revelou uma queda de 200 mil assinantes na plataforma, número que reflete a suspensão do serviço de streaming na Rússia, por conta da guerra, e a competição de mercado com outros serviços, como Disney+, por exemplo. Desde então, a Netflix afirmou que seria necessário ajustar um corte de gastos e já demitiu funcionári­os de seu site voltado para fãs, o Tudum.

“Nosso cresciment­o de receita mais lento significa que também estamos tendo de diminuir o cresciment­o de custos como empresa”, disse um porta-voz da Netflix, em comunicado. “Essas mudanças são impulsiona­das principalm­ente pelas necessidad­es de negócios e não pelo desempenho individual, o que as torna especialme­nte difíceis”, afirmou.

Várias áreas teriam sido atingidas, como a divisão de criação de séries e filmes. De acordo com as informaçõe­s, as demissões envolveram desde assistente­s até diretores importante­s dentro da empresa.

Nos dias seguintes ao balanço financeiro, a queda das ações na Bolsa de Valores americana cortou cerca de um terço do valor de mercado da Netflix. •

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