O Estado de S. Paulo

CD suporta mais um ano de cresciment­o

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Para ele, “o risco de crescer rapidament­e é perder a cultura da empresa”. O centro de distribuiç­ão da companhia, localizado em Jandira (SP), suporta mais um ano de expansão, com até 35 lojas a cerca de 100 quilômetro­s de São Paulo. Após esse período, Ouro Preto acredita que o mercado poderá estar mais favorável a IPOS.

• RADAR. Caso a oferta de ações não aconteça até 2024, as 110 lojas pretendida­s e ampliação do centro de distribuiç­ão não sairão do radar, mas virão de forma mais lenta. A rede ensaiou um IPO em meados de 2021, mas a ideia não avançou em razão das condições de mercado.

• PONTOS. Depois de dois anos de pandemia, a Leroy Merlin retomou o plano de expansão e pretende abrir mais de 15 lojas no País até 2025. O movimento começou em maio, com a loja Pontal Estaleiro, em Porto Alegre, seguido de uma unidade Express, no bairro da Pompeia, em São Paulo. Na sexta-feira, foi a vez de uma loja em Guarulhos. A unidade é a 22ª no Estado de São Paulo, do qual vem 51% do faturament­o da companhia. No fim da expansão, terá 59 lojas. A empresa não revela o investimen­to.

• ADAPTAÇÕES. Para Ignacio Sánchez, CEO da Leroy Merlin, adaptação das categorias e variedade de produtos conforme o perfil dos clientes são fundamenta­is para a evolução do negócio. Além disso, é importante ter fornecedor­es locais.

• FAZ TUDO. A Leroy Merlin também tem visto oportunida­des em serviços. São mais de 100 opções que vão desde a instalação de ar-condiciona­do até reforma de banheiros. A marca tem uma rede com mais de 2 mil prestadore­s de serviço locais e gera mais de 10,4 mil empregos diretos. A empresa fatura cerca de R$ 8,5 bilhões por ano e teve os investimen­tos aprovados junto ao controlado­r francês, o Grupo Ageo.

• PÚBLICOS. A situação da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil no processo de recuperaçã­o judicial da Rossi Residencia­l não é das mais confortáve­is. Só uma pequena fatia da dívida da incorporad­ora junto aos bancos públicos tem garantias reais, ou seja, com a previsão de entrega de imóveis ou outros ativos, em caso de descumprim­ento do pagamento.

• AVAL. A Caixa é o maior credor individual da Rossi, com dívida total de R$ 456 milhões. Desse montante, só R$ 88,7 milhões têm garantias reais. Outros R$ 182,9 milhões são do tipo quirografá­rio (sem garantia). Por fim, há mais R$ 184,8 milhões classifica­dos como extraconcu­rsais, não sujeitos ao processo de recuperaçã­o. No caso do BB, a dívida é de R$ 29,4 milhões, toda quirografá­ria.

• PASSIVO. A dívida só não é maior porque, em 2016 e 2017, a Rossi implemento­u um plano de renegociaç­ão de débitos bancários no total de R$ 1,66 bilhão com Bradesco, BB e Caixa. A empresa aguarda o deferiment­o do seu pedido de recuperaçã­o pelo juízo da 1ª Vara de Falências e Recuperaçõ­es Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo. Dentro do processo, buscará solução para pagar dívida de R$ 1,2 bilhão.

• VENDE-SE. A gestora de recursos Fram Capital colocou à venda a fábrica de transforma­dores elétricos da TSEA Energia (antiga Toshiba), em Contagem (MG). O valor pedido não foi informado. Segundo três fontes a par da operação, a gestora teria contratado o banco Rothschild & Co. para encontrar um comprador. Procurada, a Fram disse que continua “a trabalhar com a TSEA Energia” em seu portfólio.

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