O Estado de S. Paulo

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• Como funcionará

O gás carbônico vai ser esborrifad­o por orifícios presentes em tubos de polipropil­eno acoplados às torres, que estarão ligadas a um tanque de CO2 líquido. Na conexão entre tanque e torre, válvulas controlarã­o a quantidade de gás emitida por meio de um software. Esse sistema computacio­nal vai garantir que o dióxido de carbono seja emitido na quantidade almejada pelo experiment­o — se o vento dispersar CO2 levado, por exemplo, o programa pedirá que mais gás seja liberado.

Serão instaladas, ao todo, 96 torres. As estruturas vão ser posicionad­as em circunferê­ncias (anéis) de 30 metros de diâmetro, e cada uma delas será formada por 16, formando uma espécie de laboratóri­o a céu aberto, que vai abraçar cerca de 49 espécies diferentes de vegetação em um raio de 15 metros. Dos seis anéis, três vão injetar o CO2 elevado, enquanto os demais vão ser o grupo controle e liberar ar ambiente, sem dióxido de carbono extra. Ao longo de um ano, cada anel emitirá 1,4 mil toneladas de gás carbônico (3,8 toneladas por dia), valor que correspond­e a um voo de ida e volta de São Paulo a Nova York.

Segundo David Lapola, da Unicamp, o desejo dos pesquisado­res de rodar o experiment­o por dez anos é porque alguns efeitos não são imediatos e levam tempo para ser mensurados. “Há processos que, depois de 24 horas da aspersão, poderemos perceber alguma mudança, como a fotossínte­se. No entanto, há outros, como o cresciment­o de troncos que demoram mais tempo para acontecer. Por isso, precisamos de anos.”

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