O Estado de S. Paulo

Bola de Neymar furtada na invasão do Congresso é recuperada em SP

- COLABOROU PEPITA ORTEGA JOSÉ MARIA TOMAZELA

Uma bola autografad­a pelo jogador Neymar, que havia sido furtada durante os ataques na Praça dos Três Poderes, no dia 8, foi recuperada no fim de semana, em Sorocaba, interior de São Paulo. A bola estava em poder de um homem que participou da invasão do Congresso Nacional. Ele foi ouvido pela Polícia Federal e liberado.

Segundo a PF, a bola foi devolvida pelo empresário Nelson Ribeiro Fonseca Junior, de 31 anos, a policiais militares que faziam patrulhame­nto na Vila Jardini, bairro em que ele mora, na noite de sábado. Ele afirmou que achou o objeto no chão, no dia dos atos, e pretendia entregá-lo aos policiais de Brasília, mas não o fez por causa do confronto entre a polícia e os radicais. A PF disse que o empresário vai responder a inquérito por furto. Procurado, ele não se manifestou até a conclusão desta edição.

PERÍCIA. A bola autografad­a passará por perícia. Em seguida, será enviada para Brasília, onde a PF investiga a invasão das sedes do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto por extremista­s. O objeto deve ser devolvido à Câmara.

O objeto foi um presente da delegação do Santos Futebol Clube para o então deputado Marco Maia, que presidia a Câmara, em 10 de abril de 2012, durante sessão solene em comemoraçã­o ao centenário do clube. A bola passou então a compor o acervo exposto no Salão Verde da Casa.

Durante a invasão dos bolsonaris­tas, dos 46 objetos expostos, 12 foram danificado­s, três foram destruídos e dois furtados – a bola de futebol agora recuperada e uma pérola do Catar, presente do ministro de Relações Exteriores daquele país, ainda não encontrada.

DENÚNCIA. Ontem, a Procurador­ia-geral da República denunciou mais 225 presos no acampament­o montado em

Depoimento Empresário disse que iria devolver objeto no dia dos atos, mas confronto com policiais o impediu

frente ao Quartel-general do Exército em Brasília por ligação com os atos golpistas. O número de acusados formalment­e agora chega a 479. •

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