Dívida pública fecha 2022 com menor patamar em 5 anos
A dívida pública brasileira fechou 2022 no menor patamar desde o fim de 2016. Dados divulgados ontem pelo Banco Central mostram que a chamada dívida bruta do governo geral (que abrange o governo federal e os governos estaduais e municipais, excluindo o BC e as empresas estatais) somou R$ 7,224 trilhões em dezembro do ano passado, o que representou 73,5% do Produto Interno Bruto (PIB). No fim de 2016, a dívida era de 69,84% do PIB. Até novembro de 2022, a dívida bruta estava em 74,6% do PIB. Já no fim de 2021, o porcentual era de 78,3% do PIB.
O pico da séria foi alcançado em outubro de 2020 (87,57%), em virtude das medidas fiscais adotadas no início da pandemia de covid-19. No melhor momento da série, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.
O indicador é uma das referências para avaliação pelas agências globais de classificação de risco da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.
NO AZUL. O setor público consolidado (governo central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) fechou no azulem 2022, pelo segundo ano consecutivo, também informou o BC.
O superávit primário foi de R$ 126 bilhões, o melhor resultado anual desde 2011 (R$ 128,7 bilhões), que ainda é o recorde na série histórica iniciada em dezembro de 2001. Em porcentual do Produto Interno Bruto (PIB), o superávit do ano passado foi equivalente a 1,28%.
No fim de 2021, o resultado foi superavitário em R$ 64,7 bilhões, mas as contas consolidadas estão no azul na medição em 12 meses desde novembro de 2021. Até novembro de 2022, o superávit primário consolidado era de R$ 137,9 bilhões. •