O Estado de S. Paulo

Dívida pública fecha 2022 com menor patamar em 5 anos

- THAÍS BARCELLOS EDUARDO RODRIGUES

A dívida pública brasileira fechou 2022 no menor patamar desde o fim de 2016. Dados divulgados ontem pelo Banco Central mostram que a chamada dívida bruta do governo geral (que abrange o governo federal e os governos estaduais e municipais, excluindo o BC e as empresas estatais) somou R$ 7,224 trilhões em dezembro do ano passado, o que represento­u 73,5% do Produto Interno Bruto (PIB). No fim de 2016, a dívida era de 69,84% do PIB. Até novembro de 2022, a dívida bruta estava em 74,6% do PIB. Já no fim de 2021, o porcentual era de 78,3% do PIB.

O pico da séria foi alcançado em outubro de 2020 (87,57%), em virtude das medidas fiscais adotadas no início da pandemia de covid-19. No melhor momento da série, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.

O indicador é uma das referência­s para avaliação pelas agências globais de classifica­ção de risco da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.

NO AZUL. O setor público consolidad­o (governo central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) fechou no azulem 2022, pelo segundo ano consecutiv­o, também informou o BC.

O superávit primário foi de R$ 126 bilhões, o melhor resultado anual desde 2011 (R$ 128,7 bilhões), que ainda é o recorde na série histórica iniciada em dezembro de 2001. Em porcentual do Produto Interno Bruto (PIB), o superávit do ano passado foi equivalent­e a 1,28%.

No fim de 2021, o resultado foi superavitá­rio em R$ 64,7 bilhões, mas as contas consolidad­as estão no azul na medição em 12 meses desde novembro de 2021. Até novembro de 2022, o superávit primário consolidad­o era de R$ 137,9 bilhões. •

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