O Estado de S. Paulo

Separação é o estopim para colecionad­ora abrir galeria

- MARCELA PAES

Uma conversa sobre separações foi o estopim para o início de um projeto que deixou Daniela Tonetti ainda mais apaixonada por arte. É que justamente depois de um encontro com o amigo de longa data, o artista Gen Duarte – com direito a troca de figurinhas sobre rupturas românticas – Daniela encontrou o local que hoje abriga sua galeria e espaço cultural, o Galpão 556. “Depois do nosso café começamos a andar pela Barra Funda e o Gen me mostrou esse espaço, que estava para alugar. Aí eu pensei ‘já sei o que vou fazer da minha vida agora, vou abrir uma galeria’ (risos). Se eu não tivesse me separado, não estaria aqui jamais. Quando a mulher é casada, mesmo sendo independen­te, acaba dedicando muito tempo à manutenção da relação”, conta ela, que ficou 38 anos com o ex.

Colecionad­ora de peso, daquelas sem ‘nenhum espaço livre na parede de casa’, Daniela estuda arte desde os 16 anos e já trabalhou em um escritório de leilões, mas tem no galpão seu primeiro negócio totalmente relacionad­o à arte. Também mantém uma marca de roupas infantis, a D. Tonetti. “Fiquei receosa quando fui contar que investiria na abertura de uma galeria, achei que fossem me dizer que eu estava louca. Mas todo mundo apoiou porque sabem que isso é a minha paixão”, diz.

A primeira exposição do Galpão 556, inaugurado no fim de novembro do ano passado, trouxe artistas de rua para dentro do local, como o próprio Gen e Ciro Schu, mas a ideia é que o espaço seja aberto a diversos tipos de arte como fotografia, moda e música. “Minha intenção é divulgar os artistas. São muitos artistas bons sem reconhecim­ento.”l

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TABA BENEDICTO/ESTADÃO Dona da galeria, Daniela Tonetti, estuda arte desde os 16 anos

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