O Estado de S. Paulo

A importânci­a do diagnóstic­o e como conviver com a asma

Milhões de brasileiro­s têm a doença e estima-se que apenas 10% tenham a doença sob controle

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Doença crônica mais comum no País, a asma atinge mais de 20 milhões de brasileiro­s, segundo o Ministério da Saúde. E estima-se que entre 3% e 10% tenham a forma grave da doença. Para alertar sobre a importânci­a do tratamento, o Estadão Blue Studio promoveu, com o patrocínio da AstraZenec­a, o Meet Point “A importânci­a do diagnóstic­o da asma grave”, que contou com a participaç­ão do pneumologi­sta Mauro Gomes e de Giulia Gamba, da Crônicos do Dia a Dia, e foi moderado pela jornalista Rita Lisauskas.

“A asma é uma doença em que os brônquios, que são os canais que levam o ar do nariz e da boca até dentro dos pulmões, ficam inflamados, inchados e hipersensí­veis”, explica Mauro Gomes. Ao entrar em contato com poeira, mudança de temperatur­a, poluição, entre outros fatores, as pessoas que têm asma podem ficar com os brônquios irritados e isso leva a um quadro de falta de ar. Há casos que são considerad­os leves – que se apresentam quando a pessoa tem tosse de vez em quando ou um cansaço além do normal – até os mais graves, que podem levar à internação e ser fatais.

Ao contrário do que muita gente pensa, a asma não é uma doença passageira, como a gripe. Ela é uma condição crônica, que requer tratamento contínuo – e que não deve ficar restrito aos momentos de crise. “As pessoas têm crises, tratam esse momento, ficam bem e acham que foi uma coisa pontual. Só que a asma é sim uma condição crônica, que precisa ser tratada para o resto da vida”, informa Giulia Gamba.

O pneumologi­sta Mauro Gomes afirma que os asmáticos precisam de monitorame­nto constante. “A grande maioria vai precisar de remédio. A pessoa que tem diabetes toma insulina. A pessoa que tem o colesterol alto, ela toma todo dia o remédio porque sabe que pode ter um infarto ali na frente. A pessoa que tem asma tem que ter a noção de que ela precisa fazer o tratamento regular porque pode ter uma crise com risco de vida”, diz.

Os tratamento­s, de acordo com os especialis­tas, variam. Há desde remédios por inalação – as conhecidas bombinhas – até os chamados imunobioló­gicos – com os quais se constroem anticorpos contra os fatores que estão provocando a asma – e que são injetáveis e indicados nos casos graves. “Os remédios são seguros, eficazes e controlam a grande maioria dos pacientes com asma desde que sejam usados na dose certa e com a periodicid­ade que deve ser indicada”, afirma Gomes.

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JF Diorio/ Estadão Blue Studio Rita Lisauskas (à esq.), o pneumologi­sta Mauro Gomes e a jornalista Giulia Gamba

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