O Estado de S. Paulo

Anfavea projeta venda de até 300 mil veículos

- • CLEIDE SILVA

O presidente da Associação Nacional dos Fabricante­s de Veículos Automotore­s (Anfavea), Márcio de Lima Leite, estima que o mercado deve consumir entre 200 mil e 300 mil veículos a mais neste ano em razão das medidas anunciadas na quinta-feira pelo governo, dependendo de como elas serão implantada­s.

Para isso, as medidas de corte de impostos (IPI, Pis e Cofins) precisaria­m ter duração de pelo menos um ano. O prazo de validade ainda não foi definido pelo governo.

Segundo Leite, três montadoras que pretendiam anunciar paradas de produção nos próximos dias suspendera­m as medidas. Uma delas é a Volkswagen, que cancelou férias coletivas antes agendadas para sua unidade de Taubaté (SP). Segundo ele, só neste ano já ocorreram 14 paralisaçõ­es de fábricas.

As medidas, diz Leite, não incluem qualquer compromiss­o das montadoras e das concession­árias em relação à redução de margens de lucro nem de manutenção de empregos, embora o tema tenha sido tratado com o presidente Lula.

VENDAS PARADAS. O presidente da Anfavea afirma que, nos últimos dias, as vendas de carros novos caíram bastante porque vários consumidor­es, principalm­ente as locadoras, suspendera­m compras à espera do pacote. Para que a paralisaçã­o não se mantenha ao longo das próximas semanas, ele acredita que as concession­árias adotarão formas de efetivar negócios, como projetar os novos preços ou, eventualme­nte, aceitar encomendas.

A Federação Nacional da Distribuiç­ão de Veículos Automotore­s (Fenabrave) informa que as medidas são positivas, mas ainda existem pontos a serem definidos.

Presidente da Anfavea diz que, nos últimos dias, as vendas de carros novos caíram

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