O Estado de S. Paulo

Outback abre 150ª unidade e prepara plano de expansão

Bloomin Brands Brasil, dona da rede inspirada na culinária australian­a, pretende investir R$ 80 milhões em novos restaurant­es

- WESLEY GONSALVES

Prestes a inaugurar a sua 150.ª loja no Brasil, o Outback Steakhouse – marca que pertence ao grupo Bloomin Brands Brasil – já começa a pensar nos próximos passos do seu plano de expansão em território nacional. Para este ano, a companhia pretende investir cerca de R$ 80 milhões para abrir aproximada­mente 16 restaurant­es em oito novas praças pelo País. Atualmente, unidades estão presentes em 18 Estados do Brasil.

As cidades confirmada­s para receber novas unidades de Outback são: Caxias do Sul (RS), São Luís (MA), Maringá (PR), Blumenau (SC), João Pessoa (PB), Presidente Prudente (SP), Teresina (PI) e Contagem (MG). O presidente da Bloomin Brands Brasil, Pierre Berenstein, conta que a projeção deve manter a média de expansão da companhia de 12% ao ano.

Ainda no plano de expansão da rede de restaurant­es de inspiração australian­a, Berenstein

afirma que o negócio deve olhar para cidades que já têm unidades, mas que apresentam potencial para novos empreendim­entos. Nos próximos meses, municípios como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília ganharão mais unidades.

A rede de “casual dining” fechou 2022 com um aumento de 38% nas vendas em comparação ao ano anterior. A Bloomin Brands, contudo, não abre o valor do faturament­o para o período. “Fora as novas cidades, nós ainda podemos crescer muito nos endereços em que já estamos presentes, como as cidades de médio porte no interior de São Paulo, a exemplo de Ribeirão Preto”, afirma o executivo.

LOGÍSTICA. Há 26 anos operando no Brasil, a companhia teve de criar uma estratégia logística para garantir os suprimento­s em todas as unidades da rede,

o que também afeta diretament­e o seu plano de expansão. Para conseguir ampliar a presença no País, Berenstein afirma que, ao longo dos anos, a Blooming Brands organizou a sua expansão de modo a criar uma teia de unidades que se conectem e possam facilitar o transporte dos produtos no Brasil, o que dificulta a abertura de restaurant­es fora dessa “rota” dos negócios.

O executivo diz que, além da projeção de compras de insumos para os restaurant­es, que é feita com aproximada­mente um ano de antecedênc­ia, ter uma presença em todo o território nacional demanda da empresa um projeto que consiga escoar os produtos da maneira mais eficiente possível, algo que impacta na escolha dos endereços para receber novos negócios.

“Tenho de programar um ano antes quantos restaurant­es eu vou ter para conseguir dar a ordem de plantação da cebola, por exemplo. Não é uma cebola que se encontra no mercado. Tudo é feito com muita antecedênc­ia”, diz Berenstein.

RETORNO. Para Sergio Molinari, fundador da Food Consulting, o plano de expansão do Outback demonstra uma estratégia de aumentar o faturament­o da rede por meio de novas unidades, uma vez que os atuais restaurant­es neste modelo de negócio não dão conta de continuar ampliando o seu faturament­o anual na mesma média de cresciment­o projetado pela companhia. “Se uma marca quer crescer 15% ou 20% ela tem de abrir novas lojas, ou há uma estagnação do cresciment­o do faturament­o”, afirma.

Na avaliação de Molinari, no caso de restaurant­es como o Outback, posicionad­os no mercado de “casual dining”, o retorno financeiro de uma nova loja pode demorar alguns anos. Contudo, isso não chega a ser um impeditivo para novos aportes, uma vez que o tempo de “vida útil” de uma unidade neste segmento pode variar de 20 a 30 anos. •

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FELIPE RAU/ESTADÃO-19/5/2023 Berenstein olha para cidades que podem receber novas unidades

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