Questões éticas são a prioridade, afirma especialista
Atualmente, tecnologias direcionadas à construção de robôs que jogam futebol estão sendo usadas em projetos como o Artemis, robô de esqueleto metálico que mede 1,42 m e 38 kg, desenvolvido pela UCLA (Universidade da Califórnia), nos EUA. Ele tem, entre outros fatores, aprimorado a precisão do chute.
Já a RoboCup é uma competição futebolística entre robôs, realizada desde 1997. Em 2023, ocorrerá no mês de julho, em Bordeaux, França. A novidade será a utilização do MIT’s Dribblebot, um robô construído para enfrentar situações de extrema dificuldade no futebol, como gramado em desnível, aplicando dribles com o máximo de perícia.
O objetivo é, até 2050, realizar um desafio no qual os robôs vençam a seleção campeã mundial da ocasião. É importante ter a consciência, no entanto, conforme ressalta Makabee, de que o robô não vem para competir com o ser humano. E sim para ajudar a encontrar alternativas em busca de uma saudável evolução do próprio ser humano, melhorias sociais e na qualidade de vida das pessoas.
Ele acredita que, neste processo, as questões éticas precisam ser priorizadas, para que o uso da tecnologia não se transforme em algo prejudicial. “Eu acho que a ética exige que todos os jogadores estejam competindo em condições igualitárias. Então, da mesma forma que hoje nós proibimos o uso de drogas, talvez no futuro sejamos obrigados a proibir também qualquer tecnologia que resulte em uma vantagem injusta para quem a utiliza”, diz.
Nem que, para isso, as regras tenham de se adaptar, passando a, formalmente, proibir a utilização de robôs em competições humanas. “Se no futuro existirem androides que são idênticos aos humanos, provavelmente também vão existir regras definindo que certas competições são exclusivas para humanos e os androides não podem participar. Eu apenas espero que nesse mundo futuro continuem sendo os humanos que vão definir as regras.” •