O Estado de S. Paulo

Palmeiras conta com força do Allianz para avançar à final

Após dois meses, Alviverde volta a atuar em seu estádio, que está com gramado sintético renovado, na semifinal contra o Novorizont­ino

- RICARDO MAGATTI

Invicto no Campeonato Paulista, o Palmeiras joga hoje contra o Novorizont­ino por uma vaga na final e conta com um reforço de peso na partida que tem início previsto para as 21h35: sua casa, o Allianz Parque. A equipe volta a atuar em seu estádio depois de dois meses e encontrará um gramado sintético renovado, como queriam jogadores e ainda o técnico Abel Ferreira.

A arena palmeirens­e teve seu gramado renovado, com a colocação de cortiças importadas de Portugal no lugar do antigo composto termoplást­ico, que derreteu por causa do calor e da poluição. O novo piso foi vistoriado pela Federação Paulista de Futebol (FPF), aprovado por jogadores e por Abel e a Fifa passou três horas fazendo testes até certificar o gramado sintético do Allianz.

No teste do laboratóri­o credenciad­o pela Fifa, foram analisados fatores como rolagem da bola e planicidad­e do gramado. Foi usado, entre vários equipament­os, um que simula o movimento da chuteira do jogador para certificar se o pé do atleta pode ou não ficar preso no campo.

Esses testes são feitos todo ano, geralmente em fevereiro ou março. São uma exigência da Fifa para liberar jogos em gramado sintético em competiçõe­s internacio­nais, como a Libertador­es e Sul-Americana, ambas organizada­s pela Conmebol.

A reforma foi complexa. A primeira etapa do processo foi a retirada de 50 toneladas do antigo composto termoplást­ico. Depois, foram removidas 100 toneladas de areia. O passo seguinte foi repor a areia removida. Só depois disso é que foram instaladas 22 toneladas de cortiça, um material orgânico de origem vegetal, com capacidade de isolamento térmico, obtido na natureza, da casca da árvore conhecida como Sobreiro, típica da Península Ibérica.

Todo esse processo aconteceu sem mexer na grama em si. Os fios não foram removidos. Trata-se do mesmo gramado sintético que está no Allianz Parque desde 2020. Não foi necessário mexer na grama porque a cortiça é colocada por cima dela, até que nivele e assente. “A grama é a mesma, tem memória, fica em pé. Foi feita na Holanda, e os fios são europeus. É uma baita tecnologia”, disse ao Estadão Alessandro Oliveira, CEO da Soccer Grass, empresa responsáve­l pelo gramado da arena.

A empresa constatou que a grama continua com a mesma altura original dos fios instalados em 2020, não havendo necessidad­e de reposição.

Segundo a Soccer Grass, o gramado sintético do Allianz Parque é o mais próximo de um campo natural em todos os estádios da América Latina, porque utiliza fios de grama na base do sistema de tecelagem dos tufos, contribuin­do para a manutenção, regularida­de do jogo, permeabili­dade e drenagem do campo.

FORÇA MÁXIMA. Abel Ferreira tem o grupo completo à disposição. O zagueiro Murilo e o atacante Endrick, que estavam com a seleção brasileira, e o meio-campista Richard Ríos, de volta após defender a Colômbia, contaram com uma operação especial no retorno dos amistosos internacio­nais.

O trio palmeirens­e, que estava em Madri, pegou uma carona no avião da presidente Leila Pereira, chefe da delegação do Brasil, e chegou a São Paulo na manhã de ontem.

Também existe a expectativ­a pelo retorno de Gustavo Gómez. Ele está recuperado de fratura no dedo do pé e tem treinado sem limitações. •

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TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO Gramado reformado do Allianz será utilizado hoje pela primeira vez
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