As melhores harmonizações
As três melhores harmonizações
• Crasto Ruby Reserve
Douro, Portugal
É exuberante na taça, com muitas frutas vermelhas, potente, com muito álcool (20%), e persistente e equilibrado com a sua acidez. Traz uma boa harmonização, por similaridade. O vinho é um pouco mais doce do que o chocolate, mas os dois se equilibram no paladar. (R$ 149, na Qualimpor)
• Sandeman Tawny 10 anos
Porto, Portugal
De envelhecimento em grandes tonéis, traz aromas complexos de frutas secas, como amêndoas e castanhas, notas de baunilha e caramelos. Untuoso, é persistente, com 20% de álcool. É mais elegante que o Ruby, consegue escoltar o doce do cacau, mas os aromas pouco se encontram, sugerindo que a harmonização poderia funcionar melhor com um chocolate com castanhas. (R$ 556, na Zahil)
• Lucarelli Primitivo 2022
Puglia, Itália
Esse tinto traz notas de frutas vermelhas muito maduras; é intenso, nos aromas e no paladar, e encorpado, com taninos macios e sensação de muito álcool (são 13,5%). São essas características que podem tornar possível a harmonização de chocolate com vinhos secos. E não é que o casamento dá certo? A explicação: o corpo do vinho ampara o chocolate. (R$ 89,90, na
Casa Flora)
Os vinhos secos
• Almaúnica Reserva Syrah 2019
Vale dos Vinhedos, Brasil
Equilibrado em sua intensidade, é encorpado, com taninos presentes e bem colocados, e traz boa integração com o teor alcoólico (13,5%). Mas toda a potência do vinho desaparece na primeira mordida do chocolate. No paladar, sobra acidez. (R$ 195, na Almaúnica)
• Weinert Malbec 2018
Mendoza, Argentina
Traz notas de frutas vermelhas escuras (amoras), um toque floral e notas de chocolate nos aromas; corpo médio e taninos macios, com 14% de álcool. Pena que a harmonização não dá certo. O tinto até tenta encarar o chocolate, mas deixa uma nota láctea e uma acidez final. (R$ 285, na Winet)
• Woodbridge Chardonnay
Califórnia, Estados Unidos
O açúcar e as notas de baunilha não foram capazes de escoltar o chocolate. O ovo passou por cima do vinho, deixando a marca da acidez no paladar. (R$ 130,99, na Todovino)
Licorosos e colheita tardia
• Carmes de Rieussec 2011
Sauternes, França
Rico em aromas, que lembram damascos, mel, laranja e própolis. Encanta pela untuosidade e persistência, com 13,5% de álcool. Mas sobrou chocolate, com o vinho em segundo plano. (R$ 275, 365 ml, na Mistral)
• Era dos Ventos Peverella Licoroso
Serra Gaúcha, Brasil
Seus aromas remetem ao cítrico, com notas de laranja, frutas secas, damasco. A sua doçura aparece, pedindo um pouco mais de acidez para equilibrá-la (17% de teor alcoólico). Os aromas e sabores do vinho não combinam com o chocolate, mas podem casar com uma colomba pascal de frutas secas. (R$ 189, na Família Kogan)
• Morandé Late Harvest 2020
Casablanca, Chile
No nariz, não revela a sua doçura, que aparece levemente no paladar, com boa acidez, equilíbrio e persistência (13,5% de álcool). Ao vinho, faltou doçura para enfrentar o chocolate. (R$ 79,90, na Set Wines)
Os fortificados
• Bacalhoa Moscatel Roxo 5 Anos
Península de Setúbal, Portugal É um vinho de aromas intensos, lembrando o sabor de uva passa, bala toffee e flor de laranjeira; a bebida encanta pelo seu equilíbrio no paladar, com 18,5% de teor alcoólico. Mas o ovo de Páscoa venceu o vinho, deixando-o em segundo plano, o que não aconteceria se fosse um chocolate com laranja. Fica a dica.
(R$ 350, na Portus Cale)
• Justino’s Madeira
Madeira, Portugal
Tinta negra é a uva majoritária nesse fortificado que nasce na Ilha da Madeira e envelhece por três anos em cascos de madeira. Seus aromas lembram frutas em compota, caramelo e notas tostadas, com bom corpo e muito álcool (tem 19%). Com o ovo, parece transformar o doce em um leite com chocolate, pelas notas lácteas que aparecem. (R$ 171,90, na Casa Flora)