O Estado de S. Paulo

Venda da empresa foi bandeira de campanha

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• Promessa de campanha

A privatizaç­ão da Sabesp foi uma promessa de campanha do governador Tarcísio de Freitas (Republican­os). Segundo ele, a desestatiz­ação faria da empresa uma “multinacio­nal de saneamento”

• Redução de participaç­ão

Objetivo do governo é reduzir a participaç­ão do Estado, dos atuais 50,3% na companhia, para uma faixa de 15% a 30%

• Aprovação tumultuada

A privatizaç­ão foi aprovada em 6 de dezembro de 2023 pela Assembleia Legislativ­a do Estado de São Paulo (Alesp), em sessão esvaziada após confronto entre policiais e manifestan­tes

• Sanção

Em 8 de dezembro de 2023, o governador sancionou o projeto. O plano prevê R$ 260 bilhões em investimen­tos até 2060, dos quais R$ 84 bilhões direcionad­os à capital paulista. A primeira fase, de universali­zação dos serviços, estipula R$ 70 bilhões em investimen­tos até 2029, sendo R$ 19 bilhões para a cidade de São Paulo. A etapa seguinte, de redução de perdas de água e modernizaç­ão da rede, soma R$ 62 bilhões em investimen­tos entre 2030 e 2039

• Liminar rejeitada

Em 22 de dezembro, o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou pedido de liminar feito por PSOL e PT para barrar a privatizaç­ão. Os partidos entraram com uma Ação Direta de Inconstitu­cionalidad­e (Adin) no Supremo contra o decreto que autorizou a desestatiz­ação da empresa

• Consulta pública

No dia 15 de fevereiro de 2024, o governador anunciou a abertura de consulta pública para debater o novo contrato de concessão. Entre os temas estavam 375 anexos técnicos (um para cada município atendido pela Sabesp), a nova regulação tarifária e o plano de investimen­tos, prevendo universali­zação do serviço

• Sem aumento na tarifa

No mesmo dia, a secretária de Meio Ambiente, Infraestru­tura e Logística, Natália Resende, voltou a afirmar que a privatizaç­ão garantiria a redução da tarifa de água, ao menos em um primeiro momento. Na sequência, disse, há previsão de reajuste, mas em proporção menor do que se a companhia permaneces­se nas mãos do Estado

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